A imagem do Brasil no mercado financeiro vem piorando, segundo o Credit Deafult Swap, uma espécie de seguro contra calote. O índice funciona como um termômetro para medir como investidores avaliam um país.

O CDS brasileiro com prazo de cinco anos oscilava em torno de 207,5 pontos nesta segunda-feira (11). Segundo dados da Bloomberg, o número indica uma alta de 24% no acumulado de 2021, e de cerca de 13% ante a média histórica de 183,4 pontos.

“As incertezas, com a antecipação da eleição, fazem com que os prêmios de risco subam ainda mais e isso afeta toda a área de crédito e os empréstimos para pessoas e empresas”, disse o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda José Roberto Mendonça à Folha.

Para o economista, as empresas estão “na defensiva” e adiam seus investimentos.

“Esse cenário também traz mais volatilidade e impacta na redução de projetos para investimento. O número de empresas que deixam para depois de 2022 decisões mais significativas quanto a investimentos e aquisições não para de crescer.”