Saiba tudo o que disse o presidente da ANS à CPI
O diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Roberto Rabello, prestou depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (6). Ele negou que a agência tenha se omitido diante das denúncias sobre irregularidades envolvendo a Prevent Senior e disse a ANS que vai instituir o regime especial...
O diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Roberto Rabello, prestou depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (6).
Ele negou que a agência tenha se omitido diante das denúncias sobre irregularidades envolvendo a Prevent Senior e disse que a ANS vai instituir o regime especial de Direção Técnica em 15 dias para apurar a conduta da empresa com maior profundidade.
A operadora de planos de saúde é acusada por ex-funcionários de promover experimentos com medicamentos ineficazes contra a Covid sem o consentimento de pacientes.
Rabello negou que tenha sido indicado para o cargo por Ricardo Barros, de quem foi chefe de gabinete.
Saiba tudo o que disse o diretor da ANS à CPI:
Denúncias contra Prevent Senior
- Paulo Rabello confirmou que a ANS soube das denúncias de ex-funcionários sobre a Prevent Senior apenas por meio da CPI da Covid. Segundo ele, os dados que constam no dossiê nunca foram enviados relatados diretamente à agência. Os médicos acusam a empresa de realizar experimentos com medicamentos ineficazes contra a Covid sem o consentimento dos pacientes.
- Apesar disso, o presidente da ANS afirmou que a entidade recebeu 38 reclamações sobre a operadora de planos de saúde a respeito do kit Covid. Segundo ele, o papel da agência, no entanto, não é intervir na autonomia médica.
- Rabello afirmou que a Prevent Senior é alvo de procedimentos administrativos para apurar se houve justamente cerceamento de liberdade médica. As primeiras diligências teriam sido determinadas em 16 de setembro.
Intervenção
- O presidente da ANS afirmou que a agência vai instituir o regime especial de Direção Técnica em relação à Prevent Senior. Segundo Rabello, o regime especial é adotado “quando o órgão “detecta anormalidades administrativas graves de natureza assistencial em uma operadora de plano de saúde, colocando em risco a qualidade da assistência prestada a seus beneficiários”.
- Segundo o depoente, o procedimento terá início em 15 dias.
Ricardo Barros
- Paulo Rabello admitiu que atuou como chefe de gabinete do atual líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, na época em que ele foi ministro da Saúde.
- O depoente disse que, apesar disso, não houve qualquer interferência política do parlamentar em sua indicação para o comando da ANS.
- Rabello disse que foi indicado pelo sucessor de Barros, o então ministro Gilberto Occhi.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)