“Pesquisa científica não é brincadeira para moleque”
Em artigo na Folha, o epidemiologista Pedro Hallal faz uma dura e necessária crítica aos experimentos pseudocientíficos levados a cabo durante a pandemia por hospitais e médicos bolsonaristas. Segundo ele, as revelações recentes causam "perplexidade"...
Em artigo na Folha, o epidemiologista Pedro Hallal faz uma dura e necessária crítica aos experimentos pseudocientíficos levados a cabo durante a pandemia por hospitais e médicos bolsonaristas. Segundo ele, as revelações recentes causam “perplexidade”.
“Caso as informações que vieram a público sejam confirmadas, trata-se de uma crueldade talvez inédita na história da ciência brasileira, que precisa ser exemplarmente punida, para que nunca se repita.”
Hallal e o professor Daniel Umpierre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, descreveram em tópicos o que chamam de “questões essenciais para que as pessoas entendam um pouco mais de experimentos científicos”.
O Antagonista destaca a necessária aprovação prévia de qualquer estudo por parte de um comitê de ética em pesquisa, o sigilo imposto aos dados da pesquisa para proteger os participantes e não os cientistas, e que não cabe ao pesquisador manipular os dados para confirmar sua hipótese prévia.
“É inadmissível, em qualquer experimento sério, que os pesquisadores classifiquem os participantes de maneira incorreta (…) O protocolo do estudo experimental sério deve ser rigorosamente respeitado, e não há espaço para malabarismos no protocolo aprovado pelo comitê de ética.”
Em suma. “pesquisa científica não é brincadeira para moleque. Existem regras baseadas no princípio de fazer bem aos outros, que vêm sendo construídas há séculos. Quem descumpre dolosamente essas regras, precisa ser exemplarmente punido”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)