A ‘bandeira vermelha’ na Hapvida
Um médico que trabalhava para a Hapvida, Felipe Peixoto Nobre, acusou a empresa de “assediar” os profissionais que se recusavam a receitar cloroquina. Ele disse para O Globo: “Éramos vistos como inimigos e marcados com uma bandeira vermelha...
Ele disse para O Globo:
“Éramos vistos como inimigos e marcados com uma bandeira vermelha. Recebi quatro visitas no ambulatório do médico-líder em menos de um mês. Me disseram que eu corria o risco de ser desligado do plano, caso eu não prescrevesse o kit Covid. A chefia sabia exatamente quem prescrevia ou não, porque estavam fazendo auditoria nos prontuários, um absurdo total (…).
Não interessava se o paciente sabia ou não dos riscos, a orientação era: tem que passar e não cabe discussão. Eu saí em maio de 2020, mas soube por colegas que eles continuaram fazendo isso até março deste ano”.
Ele disse também que a operadora se negava a realizar testes de Covid:
“O Ministério da Saúde havia baixado orientação de testar todo suspeito, mas o plano não seguiu isso. Recebi várias negativas de exames pedidos. Me lembro de ao menos dois casos: um de uma senhora de idade com comorbidades e outro de uma enfermeira que trabalhava no hospital, as duas com sintomas de gripe. Me disseram que o teste era só para pacientes com indicação de internação”.
A CPI da Covid deveria tentar estimar o número de brasileiros que morreram durante a epidemia e que foram extirpados das estatísticas oficiais, por fraude ou por falta de testes.
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