Governo assinou contrato da Covaxin após Bharat dizer que não cumpriria prazo
E-mails apreendidos pela CPI da Covid na sede da Precisa Medicamentos mostram que o laboratório indiano Bharat Biotech alertou a empresa brasileira de que não conseguiria cumprir o cronograma de entregas ao Ministério da Saúde. Apesar disso, o contrato foi fechado em 25 de fevereiro...
E-mails apreendidos pela CPI da Covid na sede da Precisa Medicamentos mostram que o laboratório indiano Bharat Biotech alertou a empresa brasileira de que não conseguiria cumprir o cronograma de entregas ao Ministério da Saúde. Apesar disso, o contrato foi fechado, em 25 de fevereiro.
Segundo o material apreendido por O Globo, Emanuela Medrades, diretora da Precisa, enviou um e-mail aos indianos prevendo a entrega de 20 milhões de doses em 90 dias depois que o contrato fosse assinado.
No dia seguinte, a Bharat respondeu: “Estamos abertos a aumentar a quantia de 12 para 20 milhões de doses. Mas o cronograma de entrega que foi pedido não é viável para nós“. A empresa indiana pede para atrasar a entrega em “alguns meses”.
Em 9 de fevereiro, a Bharat diz que, começando em abril, conseguiria mandar os 20 milhões de doses em um prazo de 8 a 10 meses. Medrades responde dizendo estar “muito decepcionada”.
O contrato com o Ministério da Saúde foi assinado, em 25 de fevereiro, com um cronograma muito mais rápido, que prometia que os imunizantes seriam entregues em 70 dias.
Um dia após a assinatura do acordo, a Bharat alertou a Precisa de que não conseguiria cumprir o prazo.
“A proposta indica um cronograma de entrega que não está alinhado com o nosso compromisso com o governo do Brasil. Se puder esclarecer, nós agradecemos.”
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