Juiz será investigado por lamentar que se relacionar com “putas” tenha virado “ofensa”
O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Carlos França, disse nesta terça-feira (28) que vai enviar o caso do juiz Thiago Brandão Boghi à Corregedoria-Geral de Justiça. Como mostramos, em sentença publicada na útlima sexta (24), ele afirmou que, em seu "tempo de juventude, um homem se relacionar com ‘putas’ era considerado fato de boa reputação"...
O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Carlos França, disse nesta terça-feira (28) que vai enviar o caso do juiz Thiago Brandão Boghi à Corregedoria-Geral de Justiça.
Como mostramos, em sentença publicada na útlima sexta (24), ele afirmou que, em seu “tempo de juventude, um homem se relacionar com ‘putas’ era considerado fato de boa reputação”. A decisão ocorreu em uma ação em que um homem registrou queixa-crime contra uma mulher por calúnia e difamação, por tê-lo acusado de usar drogas e “estar com putas”.
Segundo o juiz, “imputar a uma pessoa o fato dela ‘estar com putas’ não é ofensivo à reputação”.
Na mesma sentença, Boghi disse ainda que o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) é queridinho da Rede Globo e que a legenda de esquerda PSOL é “queridinha do STF”.
O presidente do TJ-GO afirmou que as palavras usadas por Thiago Brandão são agressivas à moral pública.
“Embora o meio processual adequado para questionar decisões judiciais seja o recursal e tenha o magistrado independência funcional garantida no artigo 41 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, os termos ou palavras utilizados em um pronunciamento judicial potencialmente agressivos à moral pública, a pessoas ou a Poderes ou seus representantes podem ensejar apurações na esfera administrativa para verificar a presença ou não de violação ao Código de Ética da Magistratura Nacional.”
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