Pontes admite a deputados que faltou dinheiro para remédios contra o câncer
O ministro Marcos Pontes admitiu nesta segunda (27) a deputados que faltou dinheiro no Orçamento para comprar radiofármacos - medicamentos usados para o diagnóstico e o tratamento de câncer. "E geralmente, dá para ver aquele X ali [na apresentação], a gente tem tido problemas para...
O ministro Marcos Pontes admitiu nesta segunda (27) a deputados que faltou dinheiro no Orçamento para comprar radiofármacos – medicamentos usados para o diagnóstico e o tratamento de câncer.
“E geralmente, dá para ver aquele X ali [na apresentação], a gente tem tido problemas para fechar esse circuito quando chega essa hora de ter os recursos, para fazer a compra dos insumos e a produção”, disse Pontes, à Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.
“Então esse incidente, ele é sério e ele é complexo, porque é um sistema e ele tem muitos impactos”, acrescentou.
“Faltaram recursos na rubrica do orçamento na LOA [Lei Orçamentária Anual] de 2021 para importação e a produção de radiofármacos. Isso é fato”.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, informou na segunda passada (20) ter paralisado a produção de radiofármacos e radioisótopos usados para o tratamento de câncer no Brasil.
O Ipen afirma ser responsável por cerca de 85% de toda a produção nacional desse tipo de medicamento, com material radioativo.
No ano passado, a verba repassada ao Ipen pelo governo foi de R$ 165 milhões. Neste ano, até agosto, foram pouco mais de R$ 91 milhões.
Na quarta passada (22), em edição extra do Diário Oficial, o governo liberou R$ 19 milhões para produção e fornecimento de radiofármacos.
Segundo nota do ministério,“[a] aprovação de um novo projeto de lei, da ordem de R$ 55 milhões, será necessária posteriormente para recompor o orçamento do Instituto até o fim do ano”.
Pontes disse hoje aos deputados: “O problema ainda – do meu ponto de vista – está longe de ser solucionado. A gente vai precisar aí de um trabalho grande”.
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