Ex-presidente do BC diz que Guedes atua como “cheerleader” do governo
O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore afirmou nesta sexta-feira (24), em entrevista ao Uol, que Paulo Guedes atua como uma "cheerleader" do governo Bolsonaro. Ele disse que o discurso do ministro da Economia sobre temas como privatizações não convence e mencionou a saída de membros da equipe de Guedes...
O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore afirmou nesta sexta-feira (24), em entrevista ao Uol, que Paulo Guedes atua como uma “cheerleader“ do governo Bolsonaro. Ele disse que o discurso do ministro da Economia sobre temas como privatizações não convence e mencionou a saída de membros da equipe de Guedes.
“Quando digo que o Paulo Guedes opera como uma cheerleader, é porque ele tem um discurso que agrada os ouvidos do setor privado. Ele fala em privatizações, levou até um cidadão do setor privado, altamente reputado perante os seus pares, para ser o homem das privatizações, que desistiu no meio do caminho. Não conheço quase ninguém da equipe original do Guedes que tenha permanecido dentro do governo. Toda equipe que ele levou foi saindo, um atrás do outro.”
Pastore também afirmou que o país não tem política econômica e deu “nota zero” para o trabalho de Guedes à frente da pasta.
“Não há política econômica, consequentemente não temos ministro da Economia. Ele no fundo é um propagandista do governo Bolsonaro, está sendo uma peça no tabuleiro político do presidente Bolsonaro. Ele não é uma peça que está encaixada dentro do tabuleiro no qual se deve jogar um jogo e produzir reformas que aumentem a eficiência da economia brasileira.”
O ex-presidente do Banco Central ainda afirmou que os ataques de Bolsonaro às instituições prejudicam a economia.
“A forma como ele (Bolsonaro) governa é a forma de criar atritos dentro da sociedade. Ele tem criado atritos com instituições, criou atrito com o Supremo, que teve uma gravidade extraordinária. Não fosse aquela carta de retratação, não sei aonde teríamos ido… Você tem um quadro político muito grave no caso brasileiro.”
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