Comissão de Ética em Pesquisa suspeita de mais um ‘experimento pseudocientífico’
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) pediu à PGR que investigue as circunstâncias das mortes de 200 pessoas durante estudo conduzido com a proxalutamida no Amazonas, no início do ano...
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) pediu à PGR que investigue as circunstâncias das mortes de 200 pessoas durante estudo conduzido com a proxalutamida no Amazonas, no início do ano.
Na denúncia apresentada no último dia 3, diz o Globo, “o órgão responsável por fiscalizar a pesquisa científica no Brasil apontou uma série de irregularidades no ensaio clínico realizado em diversas cidades amazonenses sob a liderança do endocrinologista Flávio Cadegiani”.
O ensaio foi levado ao Amazonas sem autorização da Conep, e as mortes não foram reportadas no prazo regimental de 24 horas. O bloqueador hormonal, ainda usado em caráter experimental, tem sido defendido por Jair Bolsonaro como a nova aposta de cura para a Covid-19.
Há suspeita de que os organizadores dos testes deixaram uma quantia expressiva de voluntários que tomaram placebo morrerem desnecessariamente ao longo do trabalho. À PGR, foram inicialmente foram reportadas 170 mortes no ensaio clínico. Depois, esse número passou para 178 e, por fim, 200.
O caso da proxalutamida ainda não foi devidamente investigado pela CPI da Covid. Em seu parecer, o jurista Miguel Reale Jr alertou para “experimentos pseudocientíficos” realizados no Amazonas com a promoção da hidroxicloroquina, quando pacientes morriam nos hospitais por falta de oxigênio. A crise de Manaus deixou, ao menos, 76 mortos.
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