Agamenon: Os brimo do Rachid
Infelizmente, e ao contrário do que todos pensam, a vida de um grande jornalista digital investigativo não é apenas uma sequência interminável de eventos virtuais, lives com o Caetano, podcasts, stalkings. trolagens, tretas com influencers tatuadas...
Infelizmente, e ao contrário do que todos pensam, a vida de um grande jornalista digital investigativo não é apenas uma sequência interminável de eventos virtuais, lives com o Caetano, podcasts, stalkings. trolagens, tretas com influencers tatuadas, negociatas com criptomoedas, mulheres fáceis e intelectuais difíceis. Também existem momentos de grande constrangimento e vergonha alheia.
Foi o que me aconteceu na cobertura do jantar geronto-sírio-libanês que rolou na residência do estélio-salafrário Nagib Hamas, em homenagem ao Michui Temer, espetinho e ex-presídio-presidente do Brasil.
Para penetrar no regabofe, tive que me disfarçar de quibe e assim infiltrar-me no palacete das mil e uma noites. Aboletei-me na garupa do motoqueiro do iFood que trouxe o bufê fornecido pelo Habib’s.
Estavam presentes não só a nata como também a coalhada seca, o homus e o tahine da colônia turco-árabo-brasileira.
Como é comum na tradição mussumana maronita, não tinha nenhuma mulher na mesa. Ficaram todas em casa tomando conta “do loja” ou ensaiando a sensual dança da prisão de ventre.
Estavam todos lá: o Kassab, o Kebab, o Kafta, o Tabule e o Al-Fatah. O Hezbollah não foi porque a viatura explodiu no meio do caminho. Não entendi por que não convidaram o Paulo Salim Maluf.
Na mesa, ninguém usava máscara, talvez pra ninguém confundir com assaltante ou odalisca. Emires, vizires, grão-vizires e todo o sultanato paulistano admiraram a luxuosa mansão do Nagib Hamas, sobretudo a sua coleção de tapetes e cheques voadores.
A sobremesa foi éclair au chocolat, como não poderia deixar de ser. E depois do café apertaram um narguilé da melhor qualidade, na Paulista, é claro.
O assunto grande da noite foi o Rachid: só se falou do Rachid. Rachid que eles vão fazer com o Brasil depois que chegarem ao poder.
Al-Gamenon Mendes Pedreira não é para ser levado a sírio.
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