Relator da proposta para legalizar jogos de azar nega influência do Planalto: "Zero" Relator da proposta para legalizar jogos de azar nega influência do Planalto: "Zero"
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Relator da proposta para legalizar jogos de azar nega influência do Planalto: “Zero”

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4 minutos de leitura 14.09.2021 17:51 comentários
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Relator da proposta para legalizar jogos de azar nega influência do Planalto: “Zero”

O deputado Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, relator da proposta para regulamentar os jogos de azar no Brasil, disse a O Antagonista que não há interferência do Palácio do Planalto no assunto. "Zero. Não tem sinalização alguma do Planalto, é algo muito do Parlamento mesmo...

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Relator da proposta para legalizar jogos de azar nega influência do Planalto: “Zero”
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, relator da proposta para regulamentar os jogos de azar no Brasil, disse a O Antagonista que não há interferência do Palácio do Planalto no assunto.

“Zero. Não tem sinalização alguma do Planalto, é algo muito do Parlamento mesmo.”

Como noticiamos ontem, Arthur Lira criou um grupo de trabalho para tentar destravar ainda neste ano a aprovação de um projeto que prevê a liberação total de cassinos, bingos, máquinas caça-níquel e jogo do bicho.

O Antagonista revelou, em janeiro de 2020, a viagem que Flávio Bolsonaro fez a Las Vegas, bancada pelo Senado, para discutir o tema. Depois, a jogatina entrou de vez na pauta do governo, com o então ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, capitaneando o debate, junto com o “sanfoneiro” Gilson Machado, à época na Embratur, e também o deputado Eduardo Bolsonaro. No fim de agosto, a Crusoé noticiou que Ciro Nogueira, presidente do PP de Lira e hoje ministro da Casa Civil, vem trabalhando para aprovar o projeto.

Felipe Carreras, que vai relatar a proposta na Câmara, foi secretário de Turismo de Recife e de Pernambuco. Ele disse a este site que sempre ouviu falar da “importância dos grandes cassinos em resorts no Brasil”, como ocorre em vários outros países. O deputado acrescentou que esse modelo “agrega investimentos bilionários”.

“A gente está falando de criação de emprego e renda e de arrecadação de tributos.”

Ponderamos os alertas feitos por setores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em relação ao tema e perguntamos a Carreras se ele acredita que o Brasil tem maturidade para liberar a jogatina.

“Tem que ter. Se você tem regra, critério, transparência… Eu penso que isso é fruto do debate, de um debate que precisa ser feito e talvez esta seja a hora. Se você coloca uma agência para regulamentar e tem regra clara, se a gente se debruçar e tiver lei, com tecnologia, a gente tem como rastrear tudo.”

O grupo de trabalho criado por Lira terá, em tese, duração de 90 dias. A intenção dos defensores da proposta é aprová-la ainda neste ano. Segundo o relator, pesquisas internas indicam possibilidade de aprovação.

Como registramos há pouco, o projeto vai esbarrar, de novo, na bancada evangélica, com quem Carreras promete conversar. Para ele, há muita “hipocrisia”“preconceitos”.

“Sem legislação, continua o país sem arrecadar nada e todo mundo fazendo vista grossa? É o melhor para o Brasil?”

Desde o início do seu governo, Jair Bolsonaro é pressionado por líderes do Centrão e pelo próprio filho Flávio a mudar de opinião sobre a legalização dos jogos de azar. Durante a campanha presidencial de 2018, o então candidato, em uma de suas lives, negou categoricamente os rumores de que, se eleito, defenderia a instalação de cassinos no Brasil. Ele disse, na ocasião (assista aqui):

“Nós sabemos que o cassino aqui no Brasil, se tivesse, seria uma grande lavanderia, serviria para lavar dinheiro. E também para destruir famílias. Muita gente iria se entregar ao jogo e o casos se faria presente no seio das famílias aqui no Brasil.”

No fim de 2019, o presidente recebeu para um almoço um grupo de parlamentares — liderado pelos deputados Elmar Nascimento (DEM) e Paulinho da Força (Solidariedade) — que defende a legalização dos jogos de azar e se movimentava para colocar a matéria em votação neste ano. Na ocasião, Bolsonaro ouviu o pleito e se comprometeu em consultar a bancada evangélica sobre o assunto. Em reservado, porém, o presidente já teria deixado claro que está mais flexível em sua posição, chegando a defender que cada estado poderia estabelecer suas regras.

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