Impacto financeiro da reforma administrativa é desconhecido
O impacto financeiro da PEC da reforma administrativa, que pode ser votada na próxima quinta (16), é desconhecido. A informação consta do parecer do deputado federal Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), relator do texto na Câmara...
O impacto financeiro da PEC da reforma administrativa, que pode ser votada na próxima quinta (16), é desconhecido. A informação consta do parecer do deputado federal Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), relator do texto na Câmara.
“A proposição original não cria despesas ou gera receitas que possam ser quantificadas objetiva e imediatamente. Produz alterações em regimes jurídicos cujo impacto financeiro e orçamentário não se revela passível de dimensionamento”, diz o parecer de Arthur Maia.
“[S]omente ao longo da implementação do novo modelo poderiam ser apurados eventuais impactos”, acrescenta o relator. O deputado entende que a reforma administrativa está dispensada de apresentar estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro.
O parecer de Arthur Maia traz uma série de mudanças à Constituição.
Ele impede o governo de usar contratações temporárias para “atribuições próprias de servidores investidos em cargos exclusivos de Estado”.
Também enxuga parte dos privilégios de funcionários públicos, como férias em período superior a 30 dias pelo período aquisitivo de um ano, adicionais referentes a tempo de serviço, aumento de remuneração ou de parcelas indenizatórias com efeito retroativo, aposentadoria compulsória como modalidade de punição, e progressão ou promoção baseadas exclusivamente em tempo de serviço. Esse corte, porém, não vale para membros do Judiciário.
A avaliação periódica de desempenho do funcionário público, que já é prevista pelo Artigo 41 da Constituição, ganha uma nova regulamentação. Pelo parecer de Arthur Maia, “[s]erá obrigatória a avaliação periódica de desempenho dos servidores públicos, realizada de forma contínua e com a participação do avaliado”.
Essa gestão de desempenho será feita em ciclos de 12 meses, incluindo a definição de metas e indicadores.
O texto do relator assegura a preservação de direitos dos servidores admitidos antes da publicação da PEC. Também permanece no texto um jabuti que estende foro privilegiado ao diretor-geral da Polícia Federal.
Leia mais:
Relator retira de reforma administrativa jabuti de controle político sobre inquéritos da PF
Câmara aprova MP que aumenta espaço de apadrinhados na máquina pública
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)