Segunda denúncia: a defesa do Estadão de Direito
O Estadão, como de costume, defende Michel Temer de Rodrigo Janot e prega que os deputados rejeitem a segunda denúncia contra o presidente, "baseada em suposições e ilações". Eis um trecho da argumentação: "Janot não parece preocupado em...
O Estadão, como de costume, defende Michel Temer de Rodrigo Janot e prega que os deputados rejeitem a segunda denúncia contra o presidente, “baseada em suposições e ilações”.
Eis um trecho da argumentação:
“Janot não parece preocupado em diferenciar os supostos crimes cometidos antes de Temer chegar à Presidência e os delitos atribuídos ao presidente no exercício do mandato. Tudo é uma coisa só, dentro de um descomunal ‘aparato criminoso’, para o qual, segundo o procurador-geral, ‘Temer dava a necessária estabilidade e segurança, (…) figurando ao mesmo tempo como cúpula e alicerce da organização’.
E que provas Janot apresenta para sustentar tão forte acusação? Uma série de delações premiadas – que deveriam servir como ponto de partida para investigações (…).
Segundo sua lógica, cada indicação do grupo de Michel Temer no PMDB para cargos no governo de Dilma Rousseff tinha a intenção de colocar na administração bandidos dispostos a roubar para o partido.
Janot qualifica de propina todas as doações eleitorais feitas ao PMDB por empresas contratadas por estatais dirigidas por indicados do grupo de Temer no partido. Janot diz que esse esquema rendeu exatos R$ 587.101.098,48 – e nem um centavo a menos.
(…) Ademais, segundo o raciocínio de Janot exposto na denúncia, se algum desses nomeados sob a influência de Temer foi flagrado em corrupção, o suposto criminoso só podia estar agindo a mando de seu padrinho, seja para abastecer o PMDB de dinheiro roubado, seja para beneficiar o próprio Temer.”
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