Senadores independentes pretendem barrar Reforma do Imposto de Renda
Além de Alvaro Dias, líder do Podemos, outros senadores do grupo considerado independente no Senado pretendem barrar o texto da Reforma do Imposto de Renda aprovado nesta semana na Câmara. O senador Fabiano Contarato (Rede) disse a O Antagonista ter a impressão de que o Senado enterrará esse projeto...
Além de Alvaro Dias, líder do Podemos, outros senadores do grupo considerado independente no Senado pretendem barrar o texto da Reforma do Imposto de Renda aprovado nesta semana na Câmara.
O senador Fabiano Contarato (Rede) disse a O Antagonista ter a impressão de que o Senado enterrará o projeto. “Reforma Tributária é coisa séria. Votaram de afogadilho, sem sequer permitirem os cálculos: não sabemos quem ganha ou perde, se haverá perda de receita para estados e municípios. Talvez a carga tributária seja até elevada e os deputados cometeram o ocaso de votar sem esses dados elementares”, comentou.
Jorge Kajuru, do Podemos, criticou o momento da discussão sobre o tema. “Discutir questões tributárias em meio a uma grave crise econômica, robustecida pela crise sanitária, é causar turbulência”, acrescentou. Kajuru afirmou que há muitos pontos polêmicos ainda a serem discutidos. “O Senado tem algum tempo para debater o assunto, ouvindo os descontentes, e melhorar o projeto que saiu da Câmara”.
O próprio Rodrigo Pacheco já sinalizou que também não concorda com a proposta aprovada na Câmara: releia aqui.
O economista Roberto Ellery Júnior também fez críticas ao texto da chamada Reforma do Imposto de Renda. Ele disse a O Antagonista acreditar que governadores e prefeitos vão pressionar por mudanças no Senado, para evitar ou minimizar a perda de arrecadação prevista no texto aprovado pela Câmara. O economista afirmou não ser favorável à tributação de dividendos e argumentou que “prender recursos em uma empresa pode inibir investimentos em outras empresas mais promissoras/eficientes”.
“Tributar dividendos é prática no mundo. De toda forma, há um problema sério na forma com que a proposta foi aprovada, que é o salto grande a partir do limite de isenção. Esse tipo de salto pode inibir o crescimento das empresas, o que é muito ruim”, comentou Ellery.
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