Terremoto na Petrobras (2)
Como dissemos, Murilo Ferreira saiu do Conselho da Petrobras por causa de Aldemir Bendine. Aquela história de "motivos pessoais" e a a outra de "dedicar mais tempo à Vale" são papo furado.Em sua coluna na Veja.com, Geraldo Samor fornece detalhes...
Como dissemos, Murilo Ferreira saiu do Conselho da Petrobras por causa de Aldemir Bendine. Aquela história de “motivos pessoais” e a outra de “dedicar mais tempo à Vale” são papo furado.
Em sua coluna na Veja.com, Geraldo Samor fornece detalhes:
O afastamento de Ferreira vem depois de meses de esgarçamento nas relações do conselho — o mais independente em muitas décadas — com a diretoria nomeada pela Presidente Dilma Rousseff e encabeçada por Aldemir Bendine e Ivan Monteiro, ambos funcionários de carreira do Banco do Brasil e homens de confiança do Planalto.
Nos últimos meses, apesar de um ambiente em geral cordato e cooperativo, vários pontos de atrito entre os conselheiros — liderados por Ferreira — e a dupla Bendine-Monteiro deixam claro que o Governo, mesmo sob pressão máxima dos mercados (e do próprio balanço da Petrobras) para mudanças radicais, prefere adotar meias medidas, colocando em risco o que resta de confiança na capacidade da empresa de se recuperar.
Os próximos lances podem ser ainda mais dramáticos: conselheiros independentes podem seguir o caminho de Ferreira, particularmente se o Governo decidir instalar Luciano Coutinho, o presidente do BNDES e hoje conselheiro da Petrobras, na cadeira de Ferreira. Para os mercados, isto seria a pá de cal no valor da empresa.
Uma das discordâncias entre Murilo Ferreira e Aldemir Bendine está no preço do combustível. O homem de Dilma Rousseff ainda insiste em fazer populismo tarifário.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)