Presidente da Aprosoja também é alvo da PF, mas nega financiamento de atos do 7 de setembro
O empresário Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos por Alexandre de Moraes a pedido de Lindôra Araújo. Em nota publicada em seu site, a Aprosoja Brasil nega qualquer relação com a convocação feita por Sérgio Reis...
O empresário Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos por Alexandre de Moraes a pedido de Lindôra Araújo.
Em nota publicada em seu site, a Aprosoja Brasil, que reúne 240 mil sojicultores, nega qualquer relação com a convocação feita por Sérgio Reis, defendendo a invasão do Senado e a deposição dos 11 ministros do Supremo.
Como registramos, a Polícia Federal cumpriu agora cedo mandado de busca e apreensão na casa do cantor em São Paulo.
No comunicado, a entidade diz que “não financia e tampouco incentiva a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do País”.
Antonio Galvan participou do almoço com Sérgio Reis na semana passada, em Brasília. Depois do encontro, o cantor enviou o polêmico áudio para um amigo, em que detalhava o apoio.
Reis chegou a dizer que havia reunido 40 plantadores de soja, “os grandes do Brasil”, e que eles tinham bancado “a ida de 400 índios para Brasília e eu, bancaram tudo e eu apresentei 400 índios para o Bolsonaro”. Os produtores pagariam os custos da manifestação de 7 de setembro.
Leia a íntegra da nota:
“Com o objetivo de levar esclarecimento à sociedade a respeito de notícias publicadas em veículos de circulação nacional sobre manifestações marcadas para o dia 7 de setembro de 2021, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) declara que:
• não financia e tampouco incentiva a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do País.
• sempre defendeu de forma peremptória o Estado Democrático de Direito e o equilíbrio entre os Poderes da República e continuará a ter a mesma postura republicana em defesa do pleno funcionamento das instituições e o respeito aos representantes das esferas de poder no País. É missão da entidade, inclusive, cooperar com os órgãos oficiais.
• há mais de 30 anos representando de forma legítima 240 mil sojicultores e suas famílias, a entidade não concorda e não apoia manifestações que preguem trancamento de rodovias, ações desordeiras e outras quaisquer que prejudiquem o abastecimento de alimentos, medicamentos e bens essenciais à população, bem como seu direito de ir e vir.
• historicamente, a Aprosoja Brasil somente apoiou movimentos pacíficos e em conformidade com a Carta Constitucional brasileira.
• todos os recursos da Aprosoja Brasil são destinados e utilizados exclusivamente em atividades que tenham pertinência com seus objetivos estatutários, visando sempre a defesa dos interesses dos produtores de soja. As contas da entidade são integralmente auditadas para que o mais alto nível de ética e compliance seja alcançado.
Portanto, a associação não possui qualquer ligação com atos que defendam “invadir” ou “quebrar” o STF, não responde institucionalmente pela organização de nenhum movimento e repudia qualquer publicação que vincule a associação a movimentos violentos ou ilegais.”
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