Alexandre de Moraes: ‘Divulgação de dados quer expandir narrativa fraudulenta contra eleições’
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, disse na decisão relacionada à abertura de inquérito contra Jair Bolsonaro por quebra de sigilo que a divulgação de dados para atingir o processo eleitoral teve o objetivo de “expandir a narrativa fraudulenta”...
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, disse na decisão relacionada à abertura de inquérito contra Jair Bolsonaro por quebra de sigilo que a divulgação de dados para atingir o processo eleitoral teve o objetivo de “expandir a narrativa fraudulenta”.
“Sem a existência de qualquer justa causa, o sigilo dos autos foi levantado e teve o seu conteúdo parcialmente divulgado pelo Presidente da República, em entrevista conjunta com o deputado Felipe Barros, no intuito de tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações anteriores, objeto da primeira ‘notitia-criminis’”, disse o ministro.
“Levando em consideração que a divulgação de dados de inquérito sigiloso da Polícia Federal pelo Presidente da República, através de perfis verificados nas redes sociais, teria o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta que se estabelece contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso acerca de sua lisura, revela-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados”, disse o ministro na decisão.
Para tentar tumultuar as eleições, Bolsonaro publicou em suas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura denúncias de uma invasão hacker nos sistemas do TSE em 2018. O TSE, por sua vez, afirma que a invasão não afetou as eleições.
Além do presidente, serão investigados o deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado Victor Feitosa, que era o responsável pela condução do inquérito na PF.
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