Diretor da Precisa enviou instruções a lobista para destravar negociações na Saúde
Mensagens de WhatsApp obtidas pelo jornal O Globo mostram que o diretor institucional da Precisa, Danilo Trento, enviou a um lobista de Brasília instruções sobre como uma pessoa de apelido “Bob” atuaria no Ministério da Saúde para destravar a compra de 12 milhões de kits de reagentes para exames de Covid...
Mensagens de WhatsApp obtidas pelo jornal O Globo mostram que o diretor institucional da Precisa, Danilo Trento, enviou a um lobista de Brasília instruções sobre como uma pessoa de apelido “Bob” atuaria no Ministério da Saúde para destravar a compra de 12 milhões de kits de reagentes para exames de Covid.
As mensagens estão em posse da CPI da Covid e constam de relatório da Controladoria-Geral da União que investigou irregularidades na pasta.
A primeira mensagem enviada por Trento ao lobista Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, em 5 de junho de 2020, diz:
“Bob está lá no MS (Ministério da Saúde). Estava indo agora a (sic) pouco ao gabinete do ministro.”
De acordo com a CGU, “Bob” seria o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Ainda segundo o órgão, há “evidências” de que Dias tentou interferir no processo de compra dos testes para beneficiar a Precisa.
Apesar das tratativas, o contrato não foi fechado. A CPI já aprovou a convocação de Trento para depoimento.
Roberto Dias foi exonerado no final de junho após ser acusado pelo policial Luiz Paulo Dominguetti, representante comercial da Davati, de pedir propina na negociação por vacinas.
Em depoimento à CPI da Covid, Dominguetti afirmou que apresentou a Dias uma proposta de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. O então diretor da Saúde teria, então, pedido propina de um dólar por dose nas negociações.
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