Diretora da Precisa diz à PF que foi surpreendida com recibo de offshore
A diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades disse, em depoimento à PF, que foi surpreendida pelo recibo emitido em nome da empresa Madison Biotech, de Singapura, durante o processo de importação da Covaxin. A informação é de O Globo...
A diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades disse, em depoimento à PF, que foi surpreendida pelo recibo emitido em nome da empresa Madison Biotech, de Singapura, durante o processo de importação da Covaxin. A informação é de O Globo.
O contrato entre a Precisa e o governo federal, assinado em 25 de fevereiro, é alvo de suspeitas de irregularidades. A offshore não constava no acordo.
Em 12 de julho, Emanuela afirmou à Polícia Federal que a empresa só teria tomado conhecimento da Madison quando foi produzida a primeira nota fiscal. O documento, encaminhado ao Ministério da Saúde, detalhava número e valor de doses e indicava que a empresa sediada em Singapura seria a destinatária do pagamento.
“Em relação à contração da Bharat e envio da invoice pela Madison, realmente foi uma surpresa também para a Precisa, tanto que nós perguntamos. Nós só ficamos sabendo da Madison no momento em que pedimos a primeira invoice. Mas não estranhamos porque as duas são do mesmo grupo e isso é até natural no mercado de importação e exportação.”
A diretora da Precisa afirmou que as inconsistências são de responsabilidade da fabricante, Bharat Biotech, mas admitiu que deveria ter feito uma “dupla checagem”.
“Eu reconheci esses erros só depois que eles foram relatados pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). Realmente foi uma coisa que a gente entendeu ‘precisamos fazer um duplo check’, mas muito provavelmente o que aconteceu é que nós estávamos mostrando para a Bharat, através de uma chamada de vídeo, uma invoice que eles tinham que usar (como referência). E eu não avaliei antes de encaminhar, eu não fiz duplo check, se eu tivesse visto isso eu teria pedido a correção.”
Emanuela alegou que o documento era apenas uma minuta e que normalmente os envolvidos “não prestam tanta atenção” durante essa etapa.
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