Entidades querem enterrar proposta de Guedes para reforma do IR
Vinte e duas entidades empresariais assinaram um manifesto público contra a proposta de Paulo Guedes para a reforma do Imposto de Renda. No texto divulgado nesta segunda-feira (26), associações como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Abat (Associação Brasileira de Advocacia Tributária) e a Confederação Nacional de Serviços (CNS) pedem ao Congresso a rejeição total dos termos propostos...
Vinte e duas entidades empresariais assinaram um manifesto público contra a proposta de Paulo Guedes para a reforma do Imposto de Renda.
No texto divulgado nesta segunda-feira (26), associações como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Abat (Associação Brasileira de Advocacia Tributária) e a Confederação Nacional de Serviços (CNS) pedem ao Congresso a rejeição total dos termos propostos.
“A proposta de alteração das regras de tributação do imposto sobre a renda implica aumento da complexidade no sistema tributário brasileiro […]. Apelamos aos ilustres Membros do Congresso Nacional que procedam ao arquivamento do projeto.”
Em outro trecho, eles afirmam que o retorno da tributação de dividendos representa um “retrocesso“.
O projeto foi apresentado por Guedes no final de junho. O relator do projeto é o deputado federal Celso Sabino (PSDB-BA). No fim do mês passado, em audiência virtual no Senado, o ministro da Economia defendeu o fim da isenção sobre dividendos e afirmou que a medida “elimina uma perversidade do sistema”. Segundo Guedes, a alíquota de 20% não vai afetar bolsas se a economia continuar crescendo.
Outros pontos do projeto de lei que têm sido criticados são a extinção da escrituração simplificada das empresas no lucro presumido e a eliminação da dedutibilidade dos juros remuneratórios do capital próprio.
O coordenador do texto, o tributarista Gustavo Brigagão, afirma que a desoneração dos assalariados proposta por Paulo Guedes é uma “falácia”.
“O pacote do governo é um conjunto de normas desconexas que produzirá efeitos extremamente nocivos à economia ao gerar tamanho aumento da carga tributária para a classe média brasileira e mudar a política tributária que vigora, com sucesso, há três décadas.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)