‘Fui atropelado por um trem’, diz general Ramos sobre sua demissão da Casa Civil
Apesar de ter conversado com Jair Bolsonaro um bom tempo na tarde de segunda-feira (19), quando o presidente voltou ao Planalto depois da internação em São Paulo, Luiz Eduardo Ramos não fazia a menor ideia de que seria demitido da Casa Civil dois dias depois...
Apesar de ter conversado com Jair Bolsonaro um bom tempo na tarde de segunda-feira (19), quando o presidente voltou ao Planalto depois da internação em São Paulo, Luiz Eduardo Ramos não fazia a menor ideia de que seria demitido da Casa Civil dois dias depois, relata Eliane Cantanhêde.
“Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem”, disse o general da reserva à colunista do Estadão.
Segundo Ramos, que é considerado um dos mais leais colaboradores do presidente, Bolsonaro já comunicou a ele a sua substituição por Ciro Nogueira, mas não confirmou nada sobre sua eventual ida para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Onyx Lorenzoni.
“O presidente é ele, eu sou soldado, cumpro missão. Aprendi, em 47 anos de vida militar, que soldado não escolhe missão. Se ele me der outra no governo, eu aceito”, declarou o militar.
Ramos ainda negou que esteja caindo por incompetência ou por ter inimigos no Congresso. “Isso não. Eu estava, aliás, ainda estou muito feliz na Casa Civil e dei o melhor de mim. Tanto que estou recebendo telefonemas de parlamentares de vários partidos, em solidariedade.”
Questionado sobre o porquê da troca, o general é direto: “Motivos políticos, óbvio. Se eu estivesse sendo trocado por alguém formado em Oxford ou Harvard, tudo bem, poderiam dizer que falhei. Mas é por um político aliado do presidente. É assim que funciona”.
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