Em maio de 2019, bolsonaristas foram às ruas contra o Centrão
Em 2019, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente -- e inclusive ministros e deputados da base aliada -- participaram de manifestações contra o Centrão. Os atos tiveram como alvos líderes do grupo político fisiológico e, principalmente, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, então presidentes da Câmara e do Senado. Alcolumbre, que na manifestação de Brasília ganhou até boneco inflável, viraria importante aliado do governo um pouco mais à frente...
Em 2019, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente — e inclusive ministros e deputados da base aliada — participaram de manifestações contra o Centrão.
Os atos tiveram como alvos líderes do grupo político fisiológico e, principalmente, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, então presidentes da Câmara e do Senado. Alcolumbre, que na manifestação de Brasília ganhou até boneco inflável, viraria importante aliado do governo um pouco mais à frente.
As manifestações também foram marcadas por críticas de bolsonaristas a ministros do STF, em especial Dias Toffoli, que estava à frente do Supremo. A relação entre Toffoli e Bolsonaro melhoraria a ponto de o presidente da República ir almoçar em um sábado, fora da agenda, na casa do ministro.
Do alto de carros de som, bolsonaristas esbravejavam contra o Congresso Nacional — havia até um temor de invasão ao Parlamento — e diziam que deputados e senadores eram obrigados a avançar com a reforma da Previdência e outros projetos de Paulo Guedes e com o pacote anticrime de Sergio Moro. Guedes está cada vez mais sem força e Moro virou inimigo dos apoiadores do presidente.
As manifestações ficaram conhecidas como “marcha bolsonarista”.
Na época, o deputado Arthur Lira (PP), hoje presidente da Câmara, chegou a dizer a O Antagonista:
“Estamos tranquilos e vamos continuar com a nossa pauta, sem nenhum tipo de perseguição. Fiquei satisfeito em ver o presidente, na Record, dizendo que não teve nenhum líder dos partidos de centro pedindo a ele ministério. Ou seja, parece que os manifestantes quiseram escolher um Cristo que não está cometendo crime nenhum.”
Hoje, como temos noticiado desde cedo, Jair Bolsonaro anunciou que entregará a Casa Civil nas mãos de Ciro Nogueira, selando o triunfo do Centrão.
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