Deputado diz que PSL não deu garantia de votação nominal sobre fundão: “Sabia que atropelariam”
O deputado federal Loester Trutis, do PSL do Mato Grosso do Sul, foi um dos únicos 6 parlamentares do seu partido que votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que incluía o aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Ele disse a O Antagonista: "Votei contra, porque eu já tinha visto, em outras ocasiões, a votação do destaque para retirar algum trecho do texto principal ser atropelada...
O deputado federal Loester Trutis, do PSL do Mato Grosso do Sul, foi um dos únicos 6 parlamentares do seu partido que votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que incluía o aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
Ele disse a O Antagonista:
“Votei contra, porque eu já tinha visto, em outras ocasiões, a votação do destaque para retirar algum trecho do texto principal ser atropelada. Acreditei que isso poderia se repetir com a história do fundão e arrisquei: meu eleitorado vai entender por que eu votei contra a LDO. Eu não queria votar nada a favor do fundão e, depois, ter que ficar correndo atrás do prejuízo. Com dois anos de mandato, a pessoa já sabe que acordos assim não são cumpridos.”
Trutis disse a este site que, momentos antes da votação, o assunto era pauta de conversa no grupo de mensagens do PSL.
“Eu li o parecer final, que incluía o fundão, e a gente começou a conversar no grupo de WhatsApp. Os deputados que são mais combativos no plenário, como a Carla Zambelli, o Carlos Jordy e o Filipe Barros, não estavam no plenário para bater o pé. Então, eu não consegui ter essa confirmação do acordo para votação nominal [quando o voto do parlamentar é computado] do destaque para tentar retirar o fundão da LDO. Sem esse retorno, segui o meu instinto político e votei contra o texto principal.”
Como noticiamos, o partido Novo apresentou o destaque para tentar retirar o “golpe do fundão” da LDO. Durante a votação, o destaque só recebeu o apoio do Cidadania, PSOL, PV e Podemos. O destaque foi rejeitado em votação simbólica (quando o voto dos parlamentares não é computado).
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