“Por que o líder do PSL não destacou o fundão? Ele que tem de responder”
O deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança, do PSL de São Paulo, foi um dos únicos 6 parlamentares do seu partido que votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que incluía o aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Internado com Covid, o deputado disse a O Antagonista, por telefone, que se posicionou contra o texto principal da LDO porque sabia que não seria possível retirar o "golpe do fundão"...
O deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança, do PSL de São Paulo, foi um dos únicos 6 parlamentares do seu partido que votaram contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que incluía o aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
Internado com Covid, o deputado disse a O Antagonista, por telefone, que se posicionou contra o texto principal da LDO porque sabia que não seria possível retirar o “golpe do fundão”.
“É uma tremenda hipocrisia o que está sendo colocado do ponto de vista como esse jogo é jogado. Todo ano vai ser essa novela. Eu sabia que eles não iam deixar fazer um destaque nominal [quando o voto dos parlamentares é computado] para retirar o fundão. Eu não sigo orientação do governo nem do partido. Eu faço as minhas próprias análises e, por isso, votei contra a LDO: porque o texto continha o aumento do fundão.”
O deputado criticou a postura do líder do seu partido, o bolsonarista Vitor Hugo.
“Caberia ao líder do partido, se realmente estava com a intenção de representar quem nos elegeu, apresentar um destaque, no mínimo, para tentar retirar o fundão. Mas temos deputados ali do PSL, eu diria metade da bancada, que são a favor do fundão. Por que o líder não destacou o fundão? Por que não fez contraponto? Ele que tem de responder.”
Como noticiamos, o partido Novo apresentou o destaque para tentar retirar o “golpe do fundão” da LDO. Durante a votação, o destaque só recebeu o apoio do Cidadania, PSOL, PV e Podemos. O destaque foi rejeitado em votação simbólica (quando o voto dos parlamentares não é computado).
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