Deputado diz “orar a Deus” para que Bolsonaro vete “golpe do fundão”
Um deputado da bancada evangélica que votou a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na sessão do Congresso de ontem disse a O Antagonista, pedindo reserva, "orar a Deus" para que Jair Bolsonaro vete o "golpe do fundão". "Estou apanhando, mas apanhando muito mesmo. E por algo que sou contra [o aumento do fundão]. Mas eu votei a favor da LDO e aí vale o que está escrito lá. Eu fiz voto em separado para apresentar no Senado...
Um deputado da bancada evangélica que votou a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na sessão do Congresso de ontem disse a O Antagonista, pedindo reserva, “orar a Deus” para que Jair Bolsonaro vete o “golpe do fundão”.
“Estou apanhando, mas apanhando muito mesmo. E por algo que eu sou contra [o aumento do fundão]. Mas eu votei a favor da LDO e aí vale o que está escrito lá. Eu fiz voto em separado para apresentar no Senado, mas nada disso funciona, né? Politicamente, é só o desgaste mesmo. Eu espero muito, muito mesmo que o presidente vete [o “golpe do fundão”]. Eu oro a Deus por isso, para que, aí sim, cada deputado coloque a sua digital, para saber quem é contra e quem é a favor.”
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Em 2020, depois de indicar que vetaria o fundão das eleições municipais do ano passado, Bolsonaro acabou sancionando o que fora decidido pelo Parlamento. À época, oficialmente, ele alegou que, se vetasse, poderia sofrer impeachment por crime de responsabilidade, o que não passou de um contorcionismo para tentar justificar sua decisão perante os apoiadores. Agora, de novo, como antecipamos, já começaram a surgir pedidos para que Bolsonaro vete o fundão, desta vez turbinado.
Como também já noticiamos, o aumento do fundão foi acordado e planejado com a maioria das lideranças partidárias, na Câmara e no Senado, há semanas.
O relatório da LDO de 2022 foi apresentado perto da meia-noite da última quarta-feira (14). Horas depois, o texto já estava aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). No plenário, deputados avalizaram a parte principal da lei e rejeitaram, em votação simbólica (quando o posicionamento de cada parlamentar não é registrado), o destaque apresentado pelo partido Novo que tentou, sem sucesso, retirar o “golpe do fundão”. À noite, coube aos senadores sacramentarem a “manobra”.
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