12.07.2021
Bolsonaro erra contas e minimiza pedido de propina na Saúde: “Que propininha, hein?”
Em conversa com apoiadores há pouco na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro voltou a criticar os trabalhos da CPI da Covid e minimizou as denúncias sobre pedidos de propina no Ministério da Saúde para a compra de vacinas...
Em conversa com apoiadores há pouco na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro voltou a criticar os trabalhos da CPI da Covid e minimizou as denúncias sobre pedidos de propina no Ministério da Saúde para a compra de vacinas.
“Sobre as vacinas, eu falei há um tempo: ‘manda sua mãe comprar’. Eu falei sim. Onde é que tinha vacina para vender? Hoje ainda não tem. Me acusam de corrupção de uma coisa que nós não compramos. E se tivesse corrupção, pode haver, a gente apura e pune”, disse o presidente.
Depois disso, ele voltar a mencionar a acusação do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti de que o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias teria solicitado propina de um dólar por dose de vacina. Depois de uma conta confusa, Bolsonaro disse que o valor da vantagem indevida poderia chegar a “R$ 250 bilhões.”
“Agora, para comprar 400 milhões de doses, com 1000% de propina, não é? A imprensa toda disse isso aí: ‘oh, vai comprar vacina com 1000%’. A um dólar cada vacina, que seria a corrupção, a propina daria 400 milhões de dólares. 400 milhões de doses, vezes 1000% e vezes R$ 5, daria 280… em torno de 250 bilhões de reais. Que propininha para um cabo da PM, hein? Só quem acredita nisso? Só aqueles três patetas da comissão: Renan [Calheiros], Omar [Aziz] e o ‘saltitante’ [referência ao senador Randolfe Rodrigues]. A história está bem clara. Só não enxerga quem não quer”, disse Bolsonaro.