Relator diz que papel do voto impresso é trazer ‘pacificação social’
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do Voto Impresso na Câmara, disse que o papel do voto impresso é trazer "pacificação social". "O papel do voto impresso, o papel das recontagens, é permitir que haja uma pacificação social", disse Barros, em entrevista ao O Antagonista...
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do Voto Impresso na Câmara, disse que o papel do voto impresso é trazer “pacificação social”.
“O papel do voto impresso, o papel das recontagens, é permitir que haja uma pacificação social”, disse Barros, em entrevista ao O Antagonista.
“Se lá na frente, no ano que vem, algum dos candidatos alegar que houve fraude nas eleições, o que a gente faz? Absolutamente nada, porque não tem como você provar que teve fraude nem como você provar que não teve fraude”.
Como sabemos, o presidente Bolsonaro diz, sem provas, que houve fraude na eleição de 2018, e já disse várias vezes que haverá fraude na eleição de 2022.
Barros foi questionado sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, ocorrida por incitação de Donald Trump em 6 de janeiro, depois (e não antes) das recontagens em vários estados americanos. Para ele, as recontagens “pacificaram” o resultado da eleição “para grande parte da sociedade, mesmo que um pequeno grupo” não tenha aceitado.
Na entrevista, Barros também disse que a reunião de presidentes de 11 partidos fechando um acordo contra o voto impresso, noticiada em primeira mão por este site, reduziu as chances de a PEC seguir adiante.
“Antes estava um clima muito tranquilo para a aprovação, e após essa reunião de fato mudou o cenário”.
Barros apresentou seu parecer na segunda-feira (28). A justificativa do texto prevê uma adoção gradual do voto impresso, e a parte substantiva dá a entender que vão conviver urnas eletrônicas tradicionais e aquelas dotadas de impressora dos registros de voto. Porém, o texto não traz um cronograma ou previsão de quantas urnas serão dotadas desse equipamento.
Na entrevista, Barros justificou essa lacuna: “Eu não tenho condição de avocar (chamar) para a Câmara dos Deputados uma decisão que é técnica, que não é nossa”. Essa decisão sobre quantidades, portanto, ficaria a cargo do TSE.
Barros acrescentou que tenta chegar a um “caminho do meio” na busca da aprovação da proposta, já que a autora da PEC, Bia Kicis, disse exigir 100% das urnas com voto impresso.
O deputado também explicou na entrevista por que propôs que os registros impressos de voto sejam somados eletronicamente.
“Um dos problemas, uma das preocupações sempre colocadas pelos técnicos da TSE (…) é a questão da preocupação com o transporte e custódia das cédulas no período posterior às eleições”, disse Barros. “Para solucionar essa preocupação é que nós então copiamos o modelo que os outros países que adotam as urnas de segunda geração adotam. Eles fazem a apuração imediatamente após o pleito nas seções eleitorais”.
Assista à entrevista na íntegra:
Relator diz que papel do voto impresso é trazer ‘pacificação social’
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do Voto Impresso na Câmara, disse que o papel do voto impresso é trazer "pacificação social". "O papel do voto impresso, o papel das recontagens, é permitir que haja uma pacificação social", disse Barros, em entrevista ao O Antagonista...
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do Voto Impresso na Câmara, disse que o papel do voto impresso é trazer “pacificação social”.
“O papel do voto impresso, o papel das recontagens, é permitir que haja uma pacificação social”, disse Barros, em entrevista ao O Antagonista.
“Se lá na frente, no ano que vem, algum dos candidatos alegar que houve fraude nas eleições, o que a gente faz? Absolutamente nada, porque não tem como você provar que teve fraude nem como você provar que não teve fraude”.
Como sabemos, o presidente Bolsonaro diz, sem provas, que houve fraude na eleição de 2018, e já disse várias vezes que haverá fraude na eleição de 2022.
Barros foi questionado sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, ocorrida por incitação de Donald Trump em 6 de janeiro, depois (e não antes) das recontagens em vários estados americanos. Para ele, as recontagens “pacificaram” o resultado da eleição “para grande parte da sociedade, mesmo que um pequeno grupo” não tenha aceitado.
Na entrevista, Barros também disse que a reunião de presidentes de 11 partidos fechando um acordo contra o voto impresso, noticiada em primeira mão por este site, reduziu as chances de a PEC seguir adiante.
“Antes estava um clima muito tranquilo para a aprovação, e após essa reunião de fato mudou o cenário”.
Barros apresentou seu parecer na segunda-feira (28). A justificativa do texto prevê uma adoção gradual do voto impresso, e a parte substantiva dá a entender que vão conviver urnas eletrônicas tradicionais e aquelas dotadas de impressora dos registros de voto. Porém, o texto não traz um cronograma ou previsão de quantas urnas serão dotadas desse equipamento.
Na entrevista, Barros justificou essa lacuna: “Eu não tenho condição de avocar (chamar) para a Câmara dos Deputados uma decisão que é técnica, que não é nossa”. Essa decisão sobre quantidades, portanto, ficaria a cargo do TSE.
Barros acrescentou que tenta chegar a um “caminho do meio” na busca da aprovação da proposta, já que a autora da PEC, Bia Kicis, disse exigir 100% das urnas com voto impresso.
O deputado também explicou na entrevista por que propôs que os registros impressos de voto sejam somados eletronicamente.
“Um dos problemas, uma das preocupações sempre colocadas pelos técnicos da TSE (…) é a questão da preocupação com o transporte e custódia das cédulas no período posterior às eleições”, disse Barros. “Para solucionar essa preocupação é que nós então copiamos o modelo que os outros países que adotam as urnas de segunda geração adotam. Eles fazem a apuração imediatamente após o pleito nas seções eleitorais”.
Assista à entrevista na íntegra: