Ou Miranda divulga o suposto áudio ou a CPI poderá perder força
A pressão sobre o deputado Luis Miranda (DEM) aumentou nas últimas horas nos bastidores de Brasília. Em entrevista a O Antagonista, no último sábado, ao lado do irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, o deputado que denunciou o esquema da Covaxin sugeriu que há uma gravação da conversa que ele teve com Jair Bolsonaro sobre o assunto e na qual o presidente teria citado o nome de Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara...
A pressão sobre o deputado Luis Miranda (DEM) aumentou nas últimas horas nos bastidores de Brasília.
Em entrevista a O Antagonista, no último sábado, ao lado do irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, o deputado que denunciou o esquema da Covaxin sugeriu que há uma gravação da conversa que ele teve com Jair Bolsonaro sobre o assunto e na qual o presidente teria citado o nome de Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara.
Integrantes da CPI da Covid avaliam que “chegou a hora” de Miranda tornar o áudio público (se o áudio, de fato, existir, claro).
Como noticiamos há pouco, a Procuradoria-Geral da República pediu nesta sexta-feira (2) a abertura de inquérito no STF para investigar Bolsonaro por prevaricação. O pedido é assinado pelo vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros, e não por Augusto Aras.
Para alguns integrantes da CPI, esse pedido seria parte de uma “estratégia do Planalto” para esfriar o assunto e tentar enterrar a comissão parlamentar de inquérito no Senado.
Senadores mais experientes acreditam que, a partir de agora, os governistas vão alegar que o caso já está nas “instâncias competentes” e pedirão o encerramento da CPI ou, no mínimo, atuarão para tirar Bolsonaro do foco.
“Agora temos que achar o roubo [já que o pedido de investigação por prevaricação já estará no STF]. O trabalho pode realmente ser enfraquecido. A não ser que Miranda solte o tal áudio”, chegou a dizer um senador, pedindo reserva.
Senadores que já participaram de outras CPIs no Congresso observam alguns “açodamentos” da comissão nas últimas semanas, incluindo a provocação à PGR pela provável prevaricação de Bolsonaro. Titulares da CPI, até mesmo do chamado G7 — o grupo de senadores de oposição e independentes –, começaram a ter alguns estranhamentos nos bastidores, o que poderá igualmente se refletir nos trabalhos.
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