Um bilhão de reais em propinas por vacinas
O governo de Jair Bolsonaro pediu propina de 1 bilhão de reais para fechar um contrato de compra de vacinas. O pedido, segundo o representante da empresa Davati Medical Supply, foi feito pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, homem de Ricardo Barros...
O governo de Jair Bolsonaro pediu propina de 1 bilhão de reais para fechar um contrato de compra de vacinas.
O pedido, segundo o representante da empresa Davati Medical Supply, foi feito pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, homem de Ricardo Barros.
O representante da Davati, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, disse à Folha de S. Paulo que procurou o governo para oferecer a vacina da AstraZeneca. Em seguida, ele foi procurado por Roberto Ferreira Dias, que marcou um encontro no restaurante Vasto, em Brasília. Durante o jantar, o bolsonarista teria pedido a propina, no valor total de 1 bilhão de reais, ou 1 dólar para cada uma de 200 milhões de doses de vacina.
O representante da empresa disse para o jornal:
“O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa. E, olha, foi uma coisa estranha porque não estava só eu, estavam Dias e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário lá de Brasília.”
Os ingredientes são os mesmos da reportagem da Crusoé, sobre a negociata revelada por Luis Miranda: Jair Bolsonaro, Ricardo Barros, tropas bolsonaristas, lobistas e, principalmente, propina na compra de vacinas.
É muito tenebroso, sim, e muito asqueroso.
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