‘Pelo amor de Deus, é muito sério’, disse Luis Miranda, em mensagem enviada a Bolsonaro
Mensagens enviadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) a um secretário de Jair Bolsonaro reforçam que o presidente foi informado sobre as irregularidades no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da Covaxin, como revelado com exclusividade por O Antagonista...
Mensagens enviadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) a um secretário de Jair Bolsonaro reforçam que o presidente foi informado sobre as irregularidades no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da Covaxin, como revelado com exclusividade por O Antagonista.
O irmão do parlamentar, Luis Ricardo Fernandes Miranda, é servidor do Ministério da Saúde e foi o responsável por denunciar o caso.
O deputado já havia comentado com o presidente sobre as irregularidades em janeiro, mas disse a O Antagonista que só levou a ele o caso de forma concreta em março.
No dia 20 de março, Miranda escreveu ao assessor de Bolsonaro:
“Avise ao PR [presidente da República] que está rolando um esquema de corrupção pesado na aquisição das vacinas dentro do Ministério da Saúde. Tenho provas e as testemunhas. Sacanagem da porra… a pressão toda sobre o presidente e esses ‘FDPs’ roubando.”
O auxiliar do presidente respondeu apenas com uma bandeira do Brasil. Quando a mensagem foi enviada, o contrato já havia sido publicado.
Uma hora mais tarde, o deputado insistiu:
“Não esquece de avisar o presidente. Depois, não quero ninguém dizendo que eu implodi a República. Já tem PF e o caralho no caso. Ele precisa saber e se antecipar.”
Mais uma vez, o assessor respondeu com uma bandeira do Brasil.
No dia 22 de março, Miranda encaminhou documentos para o mesmo número do ajudante de ordens presidencial.
“Pelo amor de Deus, isso é muito sério. Meu irmão quer saber do presidente da República como agir.”
A mensagem não foi respondida.
No dia seguinte, 23 de março, o deputado perguntou: “O PR está chateado comigo? Algo que eu fiz?”
O assessor respondeu: “Negativo, deputado. São muitas demandas.“
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