Governo gasta R$ 39 milhões para divulgar “agenda positiva”
A Secretaria de Comunicação gastou, desde o início de 2019, aproximadamente R$ 39 milhões em ações de publicidade sem foco específico, em ações identificadas apenas como “agenda positiva” do governo federal...
A Secretaria de Comunicação do governo federal gastou, desde o início de 2019, aproximadamente R$ 39 milhões em ações de publicidade sem foco específico, em ações identificadas apenas como “agenda positiva” de Jair Bolsonaro.
A “agenda positiva” foi utilizada para custear propagandas, principalmente, em empresas simpáticas ao governo como a Record, do bispo Edir Macedo, e o SBT, de propriedade de Silvio Santos, sogro do ministro das Comunicações, Fabio Faria. Os dados constam em documentos encaminhados à CPI da Covid, aos quais O Antagonista teve acesso.
Além disso, os recursos pagos a título da “agenda positiva” foram usados para abastecer rádios, jornais e TVs de pequeno e médio porte simpáticas ao bolsonarismo, principalmente em cidades do interior do Brasil.
Conforme planilha à qual O Antagonista teve acesso, foram 3.234 pagamentos desde o início da gestão Jair Bolsonaro. Todos por meio de subcontratação das rádios e TVs pelas empresas Artplan, Callia, PPR e CAlia/Y2. As três empresas de comunicação já foram alvo de pedidos de quebras de sigilos bancário e fiscal na CPI da Covid.
Somente a Record recebeu R$ 1,1 milhão a título da “agenda positiva” do governo; o SBT, R$ 856 mil – não estão incluídos nos valores, repasses feitos pelo governo diretamente às retransmissoras locais. Houve também um alto investimento nas mídias sociais da “agenda positiva”. Google recebeu R$ 856 mil e o Facebook, outros R$ 566 mil.
Como mostramos, recursos do governo federal foram usados para bancar cachês de artistas simpáticos ao bolsonarismo, como os apresentadores Luís Ernesto Lacombe e Sikêra Jr. Lacombe recebeu R$ 20 mil para fazer propaganda do governo federal; Sikêra Jr., outros R$ 120 mil.
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