No avião, com Bolsonaro (e Lula)
Ao entrar de surpresa num avião comercial hoje, em Vitória, Jair Bolsonaro certamente pensou que seria recebido apenas com aplausos, como nos tempos da campanha eleitoral de 2018, em que os opositores sentiam-se intimidados diante do entusiasmo causado pelo "Mito". Houve claque, mas pouca e na frente do avião. Como mostramos em vídeo, parte do pessoal do fundão hostilizou o presidente da República aos gritos de "fora, Bolsonaro" e "genocida"...
Ao entrar de surpresa num avião comercial hoje, em Vitória, Jair Bolsonaro certamente pensou que seria recebido apenas com aplausos, como nos tempos da campanha eleitoral de 2018, em que os opositores sentiam-se intimidados diante do entusiasmo causado pelo “Mito”. Houve claque, mas pouca e na frente do avião. Como mostramos em vídeo, parte do pessoal do fundão hostilizou o presidente da República aos gritos de “fora, Bolsonaro” e “genocida”.
A julgar pelas imagens divulgadas até agora, entre os apoiadores da frente e os opositores de trás, a maioria dos passageiros do avião permaneceu quieta. Falar desses cidadãos que permanecem calados não vende jornal nem dá audiência. Mas, apesar de parecerem gente desinteressante, não se pode supor que seja desinteressada. Os passageiros que não se manifestaram em relação a Jair Bolsonaro são a imagem perfeita da maioria silenciosa que também está presente também nos ônibus, nas lotações e nos trens de subúrbio. É ela, no final das contas, que decide as eleições.
Muitos dos silentes estão à espera de um candidato que tire o Brasil da miséria de ter de escolher entre o sociopata e o ex-condenado. Entre uma esquerda anacrônica e corrupta e uma direita tresloucada e também imoral. Muitos dos silentes temem pela volta ao poder de um Lula agora praticamente absolvido pela jurisprudência de ocasião, com todas as consequências deletérias que isso pode acarretar para a edificação de uma nação fundada na ética, ou pela manutenção no Palácio do Planalto de um energúmeno perigoso, que despreza a vida e hoje mais uma vez ameaçou a democracia com a intervenção das Forças Armadas: “Eu não fechei comércio, não destruí emprego e não tirei ganha-pão de ninguém. Jamais decretaria um toque de recolher. Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou o chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Elas poderão, sim, um dia ir às ruas, para garantir a liberdade e seu bem maior“.
Boa parte da maioria que não grita, não se manifesta, não xinga, precisa de uma opção forte para chamar de sua em 2022. O tempo urge, contudo, ao contrário do que acreditam certos magos da política. Se esse nome não surgir logo, se não for trabalhado a tempo junto à massa de eleitores silenciosos, a terceira via corre o risco de virar teco-teco a ser derrubado no vácuo dos dois aviões que já se preparam para decolar.
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