“Renovação política em 2018 será algo praticamente impossível”
O Antagonista mostrou ao cientista político Leonardo Barreto o levantamento com os cenários para eleições majoritárias nos estados em 2018.A análise dele é a nossa e, provavelmente, a sua...
O Antagonista mostrou ao cientista político Leonardo Barreto o levantamento com os cenários para eleições majoritárias nos estados em 2018.
A análise dele é a nossa e, provavelmente, a sua:
“Renovação política em 2018 será algo praticamente impossível.”
Onde e como recrutar “nomes novos” para a boa política é algo que se estuda no Brasil e em todo o mundo.
As instituições buscam um processo de autoperpetuação. Na política, claro, não é diferente. E, no Brasil, essas instituições são clãs, são famílias, são grupos muito bem organizados e financiados que se autoperpetuam para manter “caciques políticos” e criar “herdeiros políticos”.
É um pouco do que o sociólogo alemão Robert Michels defende como “a lei de ferro das oligarquias”:
“É a organização que dá lugar ao domínio dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os delegantes. Que diz organização, diz oligarquia.”
Furar os bloqueios da “velha política”, das elites partidárias, das formas espúrias de financiamento, dos votos de cabresto… não será tarefa fácil.
“Uma política com uma mentalidade realidade diferente desta que se apresenta a nós até hoje demandará mais dois ou três ciclos políticos, na melhor das hipóteses. Estamos falando, portanto, de algo entre oito e 12 anos”, estima Leonardo Barreto.
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