“Capitã Cloroquina” teve Covid em março e ainda não tomou vacina
Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Clorquina", afirmou hoje, durante sessão da CPI da Covid, que ainda não tomou vacina contra a doença. Ela é médica e já poderia ter sido imunizada...
Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Clorquina”, afirmou hoje, durante sessão da CPI da Covid, que ainda não tomou vacina contra a doença. Ela é médica e já poderia ter sido imunizada.
Mayra disse aos senadores que não se vacinou porque, segundo ela, foi diagnosticada com Covid no dia em que receberia o imunizante.
O Antagonista recorda que a pediatra anunciou em 21 de março que tinha começado a sentir sintomas da doença, ou seja, mais de dois meses atrás. Na ocasião, Mayra afirmou que estava usando o tal “tratamento precoce”.
Leia abaixo a publicação da “Capitã Cloroquina” em março, no Facebook:
“Numa quarta-feira comum de trabalho comecei a ter dor na garganta. A noite mialgia e artralgia. Na quinta-feira, febre, cefaleia intensa, anosmia e prostração. Colhi o RTC-PCR, mas o quadro era muito característico de Covid-19.
Sem hesitar, comecei o tratamento precoce que já prescrevi para tantos amigos e familiares. Já passei por algumas experiências pessoais de doenças, inclusive neoplásica. Nunca havia pensando na morte como um desfecho. Recebi o resultado e a confirmação não me surpreendeu.
Estava com Covid-19, longe de casa e daqueles que amo, morando sozinha e sujeita às regras de segregação, que me deixaram impossibilitada de receber até as entregas do delivery.
Por dois dias, estive toxemiada e sem condição de sair da cama para quase nada. Muitos amigos médicos cuidaram de mim à distância, com zelo e um carinho indizível.
Na cabeceira da cama: Ivermectina, Hidroxicloroquina, Bromexina, Azitromicina, Zinco, Vtamina D e Proxalutamida.
Alguém ao ler esse relato perguntará: por que tantos medicamentos antivirais? Porque todos têm mecanismos de ação diferentes e podem abortar a doença na fase viral. Porque quando a sensação de morte surge de forma inesperada, você usa todos os recursos que podem trazer benefício. E foi viver que escolhi.
No 3o dia da doença, os sintomas esmaeceram. No 4o dia pude dizer com alegria que estava praticamente assintomática, exceto pela obstrução nasal e anosmia, e grata a Deus, pela oportunidade de experimentar uma doença que não desejo para ninguém e que já ceifou a vida de parentes, amigos queridos e de gente desconhecida, que vira uma estatística, mas que é muito importante para alguém.
Penso em quantas vidas poderiam ter sido salvas se o SUS tripartite funcionasse de forma eficiente e as demandas crônicas e as mazelas denunciadas pelos profissionais e conselhos de saúde estivessem resolvidas, para que numa pandemia sem precedentes, a verdade escancarada não fosse capaz de causar tantas mortes. Os governos anteriores fecharam 42 mil leitos, negligenciaram os profissionais e não se conserta isso no meio de um desastre.
Penso no tempo perdido discutindo, se o tratamento precoce tem evidências 1A, nos embates ideológicos que impedem o debate público por melhores soluções para saírmos dessa pandemia sem mais tragédias diárias e sem falir o país inteiro.
Estou viva e mais determinada a salvar as vidas que puder. Não importa quantas, mas quero ser a diferença.”
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