Um paulista, meio voto
São Paulo deveria ter 112 deputados, e não apenas 70.Esse fato, que não será corrigido pela reforma política, aproxima o sistema brasileiro ao da ditadura venezuelana, como diz Hélio Schwartsman...
São Paulo deveria ter 112 deputados, e não apenas 70.
Esse fato, que não será corrigido pela reforma política, aproxima o sistema brasileiro ao da ditadura venezuelana, como diz Hélio Schwartsman:
“O problema com o sistema de Maduro é que ele foi desenhado para produzir um colégio pró-governo quando a população há muito deixou de sê-lo. Para isso, o ditador teve de afastar-se do princípio do ‘um homem, um voto’ que deveria caracterizar as democracias. Escrevo ‘deveria’ porque, apesar de óbvio, o princípio nem sempre é respeitado, mesmo em democracias consolidadas (…).
No Brasil, algo parecido ocorre no Legislativo. As bancadas estaduais na Câmara estão limitadas a um teto de 70 deputados e têm o número de oito parlamentares como piso. Isso significa que Estados mais populosos (leia-se São Paulo) ficam com a representação tolhida, e os pequenos a têm inflada. Pelo princípio do ‘um homem, um voto’, São Paulo, com 45 milhões de 207 milhões de habitantes, deveria ter 112 das 513 cadeiras da Câmara”.
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