Técnicos do Ibama dizem à PF que 3 mil cargas de madeira do Pará foram exportadas sem autorização
Integrantes do Ibama disseram à Polícia Federal que cerca de 3.000 cargas de madeira da Amazônia no Pará foram exportadas para diversos países sem autorização do órgão. Eles atuavam diretamente na área de fiscalização dessas exportações. Um terceiro corroborou a informação, mas não detalhou a quantidade...
Integrantes do Ibama disseram à Polícia Federal que cerca de 3.000 cargas de madeira da Amazônia no Pará foram exportadas para diversos países sem autorização do órgão.
Eles atuavam diretamente na área de fiscalização dessas exportações. Um terceiro corroborou a informação, mas não detalhou a quantidade.
Na semana passada, a PF deflagrou a Operação Akuanduba, que investiga supostos crimes relacionados ao contrabando de madeira e mirou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e integrantes do Ibama. Os técnicos foram ouvidos como testemunhas.
O cálculo sobre exportação ilegal de 3.000 cargas de madeira do Pará foi feito a partir de análises do setor de inteligência do Ibama, segundo a PF. Diante desse cenário, os técnicos do órgão elaboraram uma nota técnica defendendo uma fiscalização mais rígida, mas foram ignorados pelo então presidente do Ibama, Eduardo Bim, afastado após a ação da PF. Um despacho dele, assinado em 25 de fevereiro de 2020, dispensou a necessidade de autorização de exportação de madeira. A investigação indica que Salles teve participação na decisão.
O Ibama passou a aceitar apenas o Documento de Origem Florestal, usado para o transporte de madeira dentro do país. A flexibilização durou até a Operação Akuanduba ser deflagrada. O STF determinou a suspensão dos efeitos do despacho assinado por Bim.
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