O ‘Polo Democrático’ pode virar uma bomba fiscal
A imagem de FHC e Lula sinalizando uma eventual aliança em 2022 teve o efeito de uma "bomba fiscal" no mercado. Analistas ouvidos por O Antagonista disseram, sob anonimato, que uma possível aliança de centro esquerda com o ex-presidiário de cabeça de chapa enterra o sonho de uma terceira via e pressiona Jair Bolsonaro a reagir pela mesma via do populismo irresponsável adotado pelo PT...
A imagem de FHC e Lula sinalizando uma eventual aliança em 2022 teve o efeito de uma “bomba fiscal” no mercado.
Analistas ouvidos por O Antagonista disseram, sob anonimato, que uma possível aliança de centro-esquerda com o ex-presidiário como candidato enterra o sonho de uma terceira via e pressiona Jair Bolsonaro a reagir pela mesma via do populismo irresponsável adotado pelo PT.
O atual presidente, que já refutou a agenda liberal da campanha, ensaia nas últimas semanas uma campanha antecipada pelos votos do Norte e Nordeste, onde o petista tem primazia. Para “conquistar” o eleitor mais pobre, Bolsonaro pode lançar um novo programa social que deteriorará ainda mais as contas públicas.
Na prática, Lula desperta em Bolsonaro seus instintos mais petistas num jogo de soma-zero.
O último boletim Focus do Banco Central projetou a Selic em janeiro de 2022 a 6,5%. O Antagonista apurou que o mercado financeiro estima a taxa básica de juros ainda mais alta, em 6,90%, assim como o CDI, referência para empréstimos entre bancos.
A curva de juros a longo prazo aponta para uma trajetória ascendente que embute as incertezas na trajetória da dívida pública e do déficit primário, atreladas aos riscos eleitorais de uma disputa polarizada, sem terceira via.
O desafio agora é justamente manter a dívida pública entre 85% e 90% do PIB, considerada “administrável”.
É preciso torcer também por uma vacinação em massa que permita ao brasileiro voltar a trabalhar e consumir, sem medo de pegar Covid.
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