Novo suspende filiação de deputado que acompanhou PMs sem mandado em BH
O diretório nacional do Novo decidiu suspender a filiação do deputado estadual Bartô, após ele chamar e acompanhar PMs que prenderam, sem mandado, um homem por suspeita de jogar ovos contra manifestação bolsonarista...
O diretório nacional do Novo decidiu suspender a filiação do deputado estadual Bartô, após ele chamar e acompanhar PMs que prenderam, sem mandado, um homem por suspeita de jogar ovos contra manifestação bolsonarista.
O episódio foi em 1º de maio, no centro de Belo Horizonte. O homem foi preso em seu apartamento, em um prédio na Avenida Afonso Pena. Bartô assistiu a tudo.
Sem mandado de prisão, o homem saiu de casa algemado e foi conduzido em camburão para a delegacia.
Segunda nota do diretório estadual publicada nesta quinta (13), “[o] caso está em processo de julgamento na Comissão de Ética Partidária (CEP) que é o órgão próprio para apurar, processar e julgar questões éticas que envolvem filiados do NOVO, mandatários ou não. O Diretório Estadual de Minas Gerais está contribuindo com o andamento e o desfecho do episódio.
É uma situação grave e nós lamentamos. O Partido NOVO preza pelo rigor e seriedade na aplicação de penas por descumprimentos éticos. Os mandatários do NOVO têm um termo de compromisso assinado com o Partido que reforça os compromissos do Estatuto, válido para todos os filiados. Não apenas seus mandatários, mas também os filiados e dirigentes, têm o dever de se portar de forma ética, legal e moral”.
O deputado informou a O Antagonista que, no dia da manifestação bolsonarista, discou 190 para chamar a polícia. À Folha, Bartô disse que “apenas acompanhou o trabalho dos policiais militares e as testemunhas com intuito de orientar e dar tranquilidade na ação”. O deputado, que cursou faculdade de Economia, não soube dizer a O Antagonista qual treinamento ou qualificação tem para esse tipo de ação.
Procurada hoje, a assessoria de imprensa de Bartô informou que o deputado não foi notificado da suspensão, nem foi convidado à reunião do partido para ter oportunidade de se defender.
A assessoria do diretório nacional informou que a comissão de ética do partido suspendeu Bartô “liminarmente devido à gravidade do caso, enquanto aguarda a sua defesa”.
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