“Sérgio Cabral tenta se safar”, diz defesa de ex-secretário suspeito de operar pagamentos a Toffoli
A defesa de Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, negou que ele tenha operacionalizado pagamentos a Dias Toffoli para salvar mandatos de dois prefeitos fluminenses no TSE, como afirmou Sérgio Cabral em anexo de sua delação premiada, revelado pela Crusoé...
A defesa de Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, negou que ele tenha operacionalizado pagamentos a Dias Toffoli para salvar mandatos de dois prefeitos fluminenses no TSE, como afirmou Sérgio Cabral em anexo de sua delação premiada, revelado pela Crusoé.
“Jamais chegou sequer ao conhecimento de Hudson Braga o oferecimento de qualquer vantagem para o Ministro Dias Toffoli, ou a outra pessoa que o representasse”, afirmou, em nota, o advogado Roberto Pagliuso.
“Sergio Cabral tenta se safar de suas responsabilidades, alterando suas estratégias. Ora negou os fatos, ora adotou manobras processuais e depois de ver a consolidação de suas penas, resolveu, por desespero, criar fatos para viabilizar sua colaboração premiada. Nunca teve qualquer apreço pela verdade, nunca produziu qualquer prova de suas alegações mentirosas”, disse.
A nota reproduz a seguinte declaração de Hudson Braga: “Sigo acreditando na Justiça e não compactuo com esse tipo de conduta.”
Como mostrou ontem a Crusoé, o relato de Cabral, que levou a PF a pedir ao Supremo investigação sobre Toffoli, diz que o ministro reverteu no TSE, em 2015, a cassação do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, após receber R$ 3 milhões.
Cabral disse que a mesma estrutura de recursos ilícitos, que seria comandada por Luiz Fernando Pezão, teria sido usada para pagar ao ministro R$ 1 milhão, em troca de uma liminar para reverter, em 2014, a cassação da ex-prefeita de Bom Jesus de Itabapoana Branca Motta.
Dias Toffoli afirma “não ter conhecimento dos fatos mencionados” e diz que “jamais recebeu os supostos valores ilegais”. “O ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções”, afirmou, em nota.
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