Senadores recebem caixa que ‘solta pó’ e provoca alergia; Pacheco manda investigar
De ontem para hoje, apurou O Antagonista, começou a chegar em gabinetes de senadores uma caixa com um material que, segundo relatos, "solta um pó" e tem provocado alergia em algumas pessoas que abriram a correspondência...
De ontem para hoje, apurou O Antagonista, começou a chegar em gabinetes de senadores uma caixa com um material que, segundo relatos, “solta um pó” e tem provocado alergia em algumas pessoas que abriram a correspondência.
Rodrigo Pacheco mandou a situação ser investigada imediatamente. A Polícia Legislativa recolheu o material de pelo menos um gabinete.
A correspondência, que está sendo entregue pessoalmente, tem como remetente uma instituição dos Estados Unidos e faz parte de uma campanha de conscientização para que o Brasil atue para evitar testes de cosméticos em animais.
“Vamos apurar, soube agora. Pode ser uma forma de mostrar aos senadores que isso provoca alergia, como forma de conscientização. Se for isso, é, no mínimo, uma brincadeira de muito mau gosto”, disse Pacheco, mais cedo, a O Antagonista.
Dentro da caixa, há um produto em formato de animal, aparentemente um coelho, que, segundo uma das pessoas que o manuseou, se espedaçou “como se fosse um suspiro” e, em seguida, teria provocado coceiras. A caixa chegou a gabinetes como os dos senadores Marcos Rogério (DEM), Rogério Carvalho (PT), Sérgio Petecão (PSD) e Simone Tebet (MDB).
Uma funcionária de um desses gabinetes enviou, no início da manhã, a seguinte mensagem para os colegas do Senado: “Pessoal, bom dia. Queria fazer um alerta aos gabinetes. Chegou uma entrega aqui com um coelho em material não identificado, que, quando tocado, libera um pó. As duas pessoas que tiveram contato apresentaram reação alérgica. A carta que acompanha é um apelo para que as autoridades trabalhem para evitar testes de cosméticos em animais. Assim como ocorreu conosco, acredito que pode acontecer nos demais gabinetes. Fica o alerta. Tenham cuidado!”.
A Diretoria-Geral do Senado orientou servidores e senadores a acionar a Polícia Legislativa, em caso de recebimento da tal caixa.
Assustados, senadores chegaram a dizer, nos bastidores, que poderia se tratar de uma “arma biológica”.
Após a publicação desta nota, O Antagonista soube que se trata, de fato, de uma campanha de conscientização. A ação é de responsabilidade do Humane Society International (HSI), “uma organização internacional que trabalha mundialmente para proteger animais em laboratório, de produção, domésticos e silvestres”. Segundo um texto de divugação que circula entre senadores, a correspondência enviada aos parlamentares (veja imagem abaixo) “contém duas bombas de espuma ‘bath bomb’ que são usadas em banheiras”.
O texto pede para que funcionários e senadores não se assustem.
“Não se assustem! É uma ação de conscientização, apenas. Infelizmente alguns colegas devem ter alergia aos componentes do sabonete. Mas não se preocupem, não é nada além disso.”
Senadores reunidos na CPI da Covid comentaram o episódio há pouco.
A campanha em questão tem o ator brasileiro Rodrigo Santoro como garoto-propaganda: leia aqui.
A HSI divulgou a seguinte nota sobre o ocorrido:
“Para comemorar o lançamento da campanha #SaveRalph da HSI, nossos amigos da Lush Cosmetics doaram alguns de seus populares sais de banho em formato de coelho, para serem distribuídos aos parceiros e aumentar a conscientização sobre a campanha. Os sais de banho da Lush são feitos, basicamente, de bicarbonato de sódio e já tiveram milhões de unidades vendidas em todo o mundo nos últimos 25 anos, sem incidentes. Nós presenteamos parceiros em vários países com 2.000 unidades desta edição, também sem incidentes. Por isso, é surpreendente e lamentável saber que dois indivíduos no Brasil relataram uma reação moderada e temporária.”
Um funcionário do gabinete de Petecão gravou um vídeo após ter aberto a caixa. Assista abaixo:
Senadores recebem caixa que ‘solta pó’ e provoca alergia; Pacheco manda investigar
De ontem para hoje, apurou O Antagonista, começou a chegar em gabinetes de senadores uma caixa com um material que, segundo relatos, "solta um pó" e tem provocado alergia em algumas pessoas que abriram a correspondência...
De ontem para hoje, apurou O Antagonista, começou a chegar em gabinetes de senadores uma caixa com um material que, segundo relatos, “solta um pó” e tem provocado alergia em algumas pessoas que abriram a correspondência.
Rodrigo Pacheco mandou a situação ser investigada imediatamente. A Polícia Legislativa recolheu o material de pelo menos um gabinete.
A correspondência, que está sendo entregue pessoalmente, tem como remetente uma instituição dos Estados Unidos e faz parte de uma campanha de conscientização para que o Brasil atue para evitar testes de cosméticos em animais.
“Vamos apurar, soube agora. Pode ser uma forma de mostrar aos senadores que isso provoca alergia, como forma de conscientização. Se for isso, é, no mínimo, uma brincadeira de muito mau gosto”, disse Pacheco, mais cedo, a O Antagonista.
Dentro da caixa, há um produto em formato de animal, aparentemente um coelho, que, segundo uma das pessoas que o manuseou, se espedaçou “como se fosse um suspiro” e, em seguida, teria provocado coceiras. A caixa chegou a gabinetes como os dos senadores Marcos Rogério (DEM), Rogério Carvalho (PT), Sérgio Petecão (PSD) e Simone Tebet (MDB).
Uma funcionária de um desses gabinetes enviou, no início da manhã, a seguinte mensagem para os colegas do Senado: “Pessoal, bom dia. Queria fazer um alerta aos gabinetes. Chegou uma entrega aqui com um coelho em material não identificado, que, quando tocado, libera um pó. As duas pessoas que tiveram contato apresentaram reação alérgica. A carta que acompanha é um apelo para que as autoridades trabalhem para evitar testes de cosméticos em animais. Assim como ocorreu conosco, acredito que pode acontecer nos demais gabinetes. Fica o alerta. Tenham cuidado!”.
A Diretoria-Geral do Senado orientou servidores e senadores a acionar a Polícia Legislativa, em caso de recebimento da tal caixa.
Assustados, senadores chegaram a dizer, nos bastidores, que poderia se tratar de uma “arma biológica”.
Após a publicação desta nota, O Antagonista soube que se trata, de fato, de uma campanha de conscientização. A ação é de responsabilidade do Humane Society International (HSI), “uma organização internacional que trabalha mundialmente para proteger animais em laboratório, de produção, domésticos e silvestres”. Segundo um texto de divugação que circula entre senadores, a correspondência enviada aos parlamentares (veja imagem abaixo) “contém duas bombas de espuma ‘bath bomb’ que são usadas em banheiras”.
O texto pede para que funcionários e senadores não se assustem.
“Não se assustem! É uma ação de conscientização, apenas. Infelizmente alguns colegas devem ter alergia aos componentes do sabonete. Mas não se preocupem, não é nada além disso.”
Senadores reunidos na CPI da Covid comentaram o episódio há pouco.
A campanha em questão tem o ator brasileiro Rodrigo Santoro como garoto-propaganda: leia aqui.
A HSI divulgou a seguinte nota sobre o ocorrido:
“Para comemorar o lançamento da campanha #SaveRalph da HSI, nossos amigos da Lush Cosmetics doaram alguns de seus populares sais de banho em formato de coelho, para serem distribuídos aos parceiros e aumentar a conscientização sobre a campanha. Os sais de banho da Lush são feitos, basicamente, de bicarbonato de sódio e já tiveram milhões de unidades vendidas em todo o mundo nos últimos 25 anos, sem incidentes. Nós presenteamos parceiros em vários países com 2.000 unidades desta edição, também sem incidentes. Por isso, é surpreendente e lamentável saber que dois indivíduos no Brasil relataram uma reação moderada e temporária.”
Um funcionário do gabinete de Petecão gravou um vídeo após ter aberto a caixa. Assista abaixo: