O presidiário e o condenado do Foro de São Paulo
Em novembro de 2014, a Carta Capital publicou uma série de perguntas e respostas sobre o Foro de São Paulo para tentar mostrar que a entidade criada por Lula e pelo Partido Comunista cubano do ditador Fidel Castro para reunir anualmente os partidos e movimentos de esquerda e extrema-esquerda da América Latina nada tinha de má, ao contrário do que a direita dizia. Repare neste item da matéria...
Em novembro de 2014, a Carta Capital publicou uma série de perguntas e respostas sobre o Foro de São Paulo para tentar mostrar que a entidade criada por Lula e pelo Partido Comunista cubano do ditador Fidel Castro para reunir anualmente os partidos e movimentos de esquerda e extrema-esquerda da América Latina nada tinha de má, ao contrário do que a direita dizia.
Repare neste item da matéria
“Que países são governados por políticos que fazem parte do Foro?
Vários países da América Latina e do Caribe. Os principais são Brasil, Uruguai (Pepe Mujica), Argentina (Cristina Kirchner), Bolívia (Evo Morales), Chile (Michelle Bachelet), Peru (Ollanta Humala) e Equador (Rafael Correa) e outros.”
Como já noticiamos, o ex-presidente Ollanta Humala, do Peru, e sua mulher – nesta mesma semana em que Lula foi condenado por Moro – foram presos, sentenciados a 18 meses de cadeia por lavagem de dinheiro.
A base do pedido de prisão foram as declarações de Jorge Barata, ex-representante da Odebrecht no Peru. Ele disse que, em meados de 2010, Marcelo Odebrecht o instruiu por telefone a fazer doações (de três milhões de dólares) para a campanha eleitoral de Humala, atendendo a um pedido expresso do PT.
A versão de Barata foi confirmada pelo próprio Marcelo Odebrecht e reforçada pelas investigações.
Como disse Lula em discurso oficial de 2005, no aniversário de 15 anos do Foro:
“Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.”
Interferência? Imagine. Lá só tinha gente boa.
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