Líder do governo tenta barrar depoimento de Braga Netto sobre picanha e cerveja
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou recurso para tentar barrar a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto...
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou recurso para tentar barrar a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto.
A convocação foi aprovada no fim março pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, e depois marcada para 28 de abril. O requerimento inicial apresentava o nome do agora ex-ministro Fernando Azevedo e Silva.
No momento da apreciação, por causa da troca de ministros promovida por Bolsonaro, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) solicitou verbalmente ao presidente da Comissão, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), a supressão do nome de Azevedo e a manutenção apenas do cargo de “ministro da Defesa”, sem o nome.
Ricardo Barros entrou nesta segunda (12) com um recurso, alegando que “na data de apreciação do Requerimento, o Senhor Walter Braga Netto sequer havia se investido no cargo de Ministro [da Defesa]; uma vez que, ainda que a nomeação tenha sido publicada no DOU de 30 de março, a posse ocorreu somente em 1º de abril”.
O requerimento de convocação é assinado por Elias Vaz e também por Marcel van Hattem (Novo-RS). O texto pede a presença do ministro para “prestar esclarecimentos sobre o processo de compras de picanha, cerveja, bacalhau, filé e salmão, para as Forças Armadas, com indícios de superfaturamento”.
Em nota, Vaz disse que a manobra de Barros “pode desmoralizar a Câmara Federal e abrir um precedente gravíssimo! Se Arthur Lira acatar o recurso, vai tirar a autonomia dessa Casa de convocar ministros, uma garantia constitucional dos deputados”.
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