Para Fux, não há risco de ruptura e saída de comandantes é ‘recado claro’ contra politização das Forças Armadas
Luiz Fux passou parte do dia de hoje em conversas sobre a saída dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Avaliou, junto aos interlocutores, que as Forças Armadas estão dando um "recado claro" de que não querem ser politizadas...
Luiz Fux passou parte do dia de hoje em conversas sobre a saída dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Avaliou, junto aos interlocutores, que as Forças Armadas estão dando um “recado claro” de que não querem ser politizadas.
Como mostramos ontem, após anunciar sua demissão, o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva — que atuava como ponte do Planalto com o STF — disse a Fux que as Forças Armadas não se curvarão a eventuais medidas autoritárias de Jair Bolsonaro.
A saída conjunta dos comandantes, pela manhã, deixou Fux e os ministros apreensivos. Cármen Lúcia ligou para conversar sobre a decisão dos comandantes.
O presidente do STF considerou que a entrega dos cargos foi um “gesto de respeito institucional” a Azevedo e Silva e confirmou a resistência interna dos militares de alta patente às tentativas de Bolsonaro de usá-los para expressar apoio ao governo.
Por isso, Fux disse a pessoas próximas que “não vê nenhum risco de ruptura” e que acompanha a situação.
Fora isso, ele expressou mais preocupação com o projeto encampado pelo líder do PSL na Câmara, Vitor Hugo, que permitiria ao presidente da República aplicar uma espécie de “golpe sanitário”, sob o pretexto de combate à epidemia de Covid.
Como mostramos mais cedo, Fux considerou que a proposta “pode ter viés inconstitucional”. Na prática, ela daria ao governo federal o poder de esvaziar o poder de governadores na decretação de lockdowns, o que bate de frente com decisões do ano passado do STF.
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