Aécio: “Saída de Ernesto é oportunidade de mudança na política externa”
Aécio Neves, que preside da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, disse que a saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores "é uma oportunidade de mudança na condução de nossa política externa, buscando maior integração com o mundo"...
Aécio Neves, que preside da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, disse que a saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores “é uma oportunidade de mudança na condução de nossa política externa, buscando maior integração com o mundo”.
“Devemos levar em conta análises rigorosas das oportunidades que se apresentam na conjuntura internacional para a promoção dos interesses nacionais, isentas de quaisquer preconceitos ideológicos ou partidários. Nossa política externa deve ter como foco o multilateralismo. Nosso relacionamento internacional deve ser amplo, universal, sem exclusões ou alinhamentos automáticos”, afirmou o deputado, em nota.
Ernesto Araújo pediu demissão hoje após insinuar que Kátia Abreu, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, pressionou por sua saída para atender lobby da China no 5G.
O Senado se uniu contra o ministro e Bolsonaro exigiu a demissão.
Leia, abaixo, a íntegra da nota de Aécio:
“A diplomacia brasileira tem longa tradição de respeito, tolerância e equilíbrio e esses preceitos e valores precisam ser reafirmados. Devemos levar em conta análises rigorosas das oportunidades que se apresentam na conjuntura internacional para a promoção dos interesses nacionais, isentas de quaisquer preconceitos ideológicos ou partidários.
Nossa política externa deve ter como foco o multilateralismo. Nosso relacionamento internacional deve ser amplo, universal, sem exclusões ou alinhamentos automáticos. E isso passa, obrigatoriamente, por uma relação mais ampla com os diversos países e regiões do mundo em busca, nesse momento, daquilo que é a grande urgência mundial e, em especial, brasileira: a vacinação de toda a nossa gente.
Portanto, é importante que a mudança seja de política e não apenas de nomes. E que, com serenidade e responsabilidade, o Congresso Nacional possa dar a sua contribuição para a superação do grave momento que vivemos.”
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