“Não se admite que cidadãos se coloquem em posição privilegiada”, diz juiz sobre empresários que importaram vacina
Ao autorizar busca e apreensão contra empresários mineiros que importaram e tomaram clandestinamente vacina contra a Covid, o juiz federal Rodrigo Pessoa Pereira da Silva, de Belo Horizonte, disse que a "luta pela vacina é coletiva" e que "indícios de burla à regras de preferência na ordem de imunização são inadmissíveis"...
Ao autorizar busca e apreensão contra empresários mineiros que importaram e tomaram clandestinamente vacina contra a Covid, o juiz federal Rodrigo Pessoa Pereira da Silva, de Belo Horizonte, disse que a “luta pela vacina é coletiva” e que “indícios de burla à regras de preferência na ordem de imunização são inadmissíveis”.
“A gravíssima pandemia que assola o mundo todo e o Brasil de forma mais severa, ceifando centenas de milhares de vidas em nosso país, se apresenta como uma guerra, e uma guerra só se vence com esforço e sacrifício coletivos. E é justamente diante de uma situação como essa que deve imperar o espírito de solidariedade, de auxílio mútuo, não se admitindo que cidadãos se coloquem em posição privilegiada”, afirmou na decisão.
Como mostramos mais cedo, os empresários tiveram o sigilo telemático quebrado e terão celulares, e-mails e documentos apreendidos analisados pela Polícia Federal. Os agentes não encontraram vacinas estocadas. A operação foi batizada de Camarote.
Os empresários serão investigados pelo crime de contrabando ou descaminho, e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Segundo reportagem da revista Piauí, um grupo de 50 pessoas comprou a vacina da Pfizer sem doar para o SUS, como determina a lei. Cada uma pagou R$ 600 por duas doses.
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