O Museu do Holocausto de Curitiba afirmou ser “gravíssima” a apologia ao gesto supremacista feito ontem pelo assessor internacional de Jair Bolsonaro Filipe Martins, durante audiência no Senado.

“O Museu do Holocausto, consciente da missão de construir uma memória dos crimes nazistas que alerte a humanidade dos perigos de tais ideias, reforça que a apologia a este tipo de símbolo é gravíssima. Nossa democracia não pode admitir tais manifestações”, postou o museu em sua conta oficial no Twitter.

“Importante destacar que grupos supremacistas e neonazistas têm ideias em grande medida coincidentes e frequentemente se mesclam. Pesquisas acadêmicas, como da antropóloga Adriana Dias, mostram crescimento no número de células neonazistas e no engajamento de integrantes no Brasil”, afirmou.

Ontem, Filipe Martins disse que é judeu, que estava apenas “ajeitando a lapela” do terno e que vai processar quem associou o gesto ao supremacismo branco.