Cientistas americanos angustiados com a falta de dados sobre a P.1
“Cientistas americanos certamente estão angustiados com a situação no Brasil”, disse Bill Hanage, epidemiologista da Universidade de Harvard. Entrevistado pelo Estadão, ele prosseguiu: “O surgimento da P.1 é uma ameaça global semelhante às outras variantes, e pode até ser pior...
“Cientistas americanos certamente estão angustiados com a situação no Brasil”, disse Bill Hanage, epidemiologista da Universidade de Harvard.
Entrevistado pelo Estadão, ele prosseguiu:
“O surgimento da P.1 é uma ameaça global semelhante às outras variantes, e pode até ser pior, embora a falta de dados realmente seguros torne difícil identificá-la completamente. Pode ser mais transmissível, mais virulento, mais capaz de escapar da imunidade, ou alguma combinação dos três. A situação é agravada por uma reação governamental que tem sido uma desgraça para a saúde pública e que representa uma ameaça para todos nós (…).
O que é muito difícil neste momento é que ainda faltam dados para entender todas as dimensões do que está acontecendo. Todos os cientistas no Brasil estão fazendo um trabalho incrível em diversas áreas, mas talvez também por um problema da forma como o governo está agindo, ainda não há bons dados epidemiológicos. É muito importante conseguir responder perguntas como: a distribuição de casos por idade com a P.1 é diferente da que ocorria nas linhagens que circulavam anteriormente? Sabemos que o risco da covid-19 aumenta com a idade do paciente. O risco de morte aumenta com a idade. É assim também com a P.1?”
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