O caminho até a mansão de Flávio Bolsonaro
Matérias que circulam na imprensa, sobre a compra da mansão de Flávio Bolsonaro, dizem que o senador teria se comprometido a pagar até junho o R$ 1,78 milhão restante do negócio. E que o valor seria quitado em parcelas com juros de 1% ao mês. O Antagonista mostrou ontem que o senador só pagou R$ 1,09 milhão...
Matérias que circulam na imprensa, sobre a compra da mansão de Flávio Bolsonaro, dizem que o senador teria se comprometido a pagar até junho o R$ 1,78 milhão restante do negócio. E que o valor seria quitado em parcelas com juros de 1% ao mês.
O Antagonista mostrou ontem que o senador só pagou R$ 1,09 milhão, em valores fracionados, dos R$ 2,87 milhões registrados na escritura. Outros R$ 3,1 milhões foram obtidos em financiamento junto ao BRB.
É curioso que nem Juscelino Sarkis ou Flávio Bolsonaro tenham se manifestado oficialmente até agora sobre esse compromisso financeiro. Também é curiosa a versão de que Fernanda, esposa de Flávio, encontrou o imóvel em anúncios na internet e não pelas relações sociais do marido em Brasília.
A namorada de Sarkis é a juíza Claudia Andrade, que não apenas integrou o gabinete do ministro João Otávio de Noronha, como é amiga de sua filha Anna Carolina Noronha, a Ninna. Claudia e Sarkis estiveram no casamento de Ninna no ano passado, assim como Renan Bolsonaro, o 04, e Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, que não conseguiu (ou não quis) comparecer.
Em suas redes sociais, a juíza Claudia exibe foto ao lado de Jair Bolsonaro durante visita a Noronha no STJ, em novembro de 2018. Imagens do evento mostram que, entre os presentes, também estava o senador eleito.
Há ainda outras relações sociais, em Brasília, que ligam o vendedor da mansão à advogada Estefânia Viveiros, ex-presidente da OAB-DF e amiga do governador Ibaneis Rocha, que tem linha direta com Jair Bolsonaro e até virou conselheiro jurídico do filho 01.
Ibaneis vinha tentando emplacar no comando do Banco do Brasil o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, com apoio de Ciro Nogueira, padrinho da indicação de Kássio Marques ao Supremo.
Sem esquecer Otávio Henrique, o Tavinho, outro filho de Noronha, que é sócio do bolsonarista Antônio Rueda, vice-presidente do PSL e até hoje amigo de Flávio e Eduardo Bolsonaro.
Vale lembrar que o ministro deu um duro voto na Quinta Turma do STJ ao anular as quebras de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro no inquérito da rachadinha e concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz e sua esposa Márcia, mesmo com ela foragida.
Mas, claro, que tudo pode ter sido uma grande coincidência.
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