Folha recomenda cassação da chapa Dilma-Temer, com afastamento do presidente
A Folha de S. Paulo recomenda em editorial deste domingo a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer no julgamento que começa na terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o consequente afastamento do atual presidente da República.Leiam, por favor, este trecho...
A Folha de S. Paulo recomenda em editorial deste domingo a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer no julgamento que começa na terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o consequente afastamento do atual presidente da República.
Leiam, por favor, este trecho:
“Dos fabulosos R$ 300 milhões declarados, ao menos R$ 50 milhões são apontados como contrapartida pela prestação criminosa de favores.
Embora não exista prova de que Temer tenha participado desse esquema, a legislação eleitoral é clara ao vincular o vice ao presidente. Resta fora de dúvida que tanto Dilma Rousseff como Michel Temer se beneficiaram de ilicitudes que abalam a própria validade do pleito.
Ao mesmo tempo, desde a divulgação da delação premiada do delinquente confesso Joesley Batista, há duas semanas, a credibilidade do presidente se viu comprometida de forma dramática e, tudo indica, irremediável.
É verdade que a gravação da conversa do delator com o presidente é inconclusiva: contém trechos ambíguos ou inaudíveis e está sob suspeita de edição. Mas é preciso demasiada credulidade para considerar inocente aquele tipo de diálogo, naquela circunstância; parece óbvio que o teor ali é indecoroso.
Todo julgamento que implica um presidente da República tem um aspecto jurídico e outro político. A iminência do juízo no TSE surge como fórmula legal para remover um chefe de Estado cuja situação se afigura indefensável, até porque sujeita à aparição de revelações que convertam as fortes suspeitas em certezas.
É com desalento que esta Folha, portanto, considera recomendável a cassação da chapa e o afastamento do presidente.”
O Antagonista, sem desalento, considera que a Folha demonstra senso de realidade nesta recomendação.
Mas reforçamos que a Constituição precisa ser seguida à risca. A eleição para o sucessor tem de ser indireta e as eleições de 2018, mantidas no calendário normal. É o que temos.
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