Reformas rifadas
Bernard Appy, assim como Affonso Celso Pastore, também vislumbra dois cenários para a crise, ambos negativos...
Bernard Appy, assim como Affonso Celso Pastore, também vislumbra dois cenários para a crise, ambos negativos.
Ele disse no Estadão:
“O primeiro destes cenários seria o prolongamento do mandato do presidente Michel Temer. A despeito de críticas aos benefícios excessivos concedidos aos delatores da JBS e à forma como se deu o vazamento das gravações, o fato é que Temer perdeu as condições morais de seguir comandando o País. A tentativa de prolongar seu mandato a qualquer custo provavelmente inviabilizaria a aprovação da reforma da Previdência e implicaria concessões políticas com impacto negativo sobre as contas públicas, possivelmente conduzindo ao cenário econômico mais negativo, de fuga de capitais.
O segundo cenário é de solução relativamente rápida da crise política, com a definição de um sucessor por meio de eleição indireta. Neste caso, o desempenho da economia dependeria do comprometimento do sucessor com as reformas e sua capacidade de coordenação política. Embora os principais partidos da atual base governista sinalizem que pretendem manter a agenda de reformas, se chegarem fragmentados à eleição, é muito provável que os candidatos ‘rifem’ as reformas em troca de apoio político”.
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